Por CBTM
Aos 64 anos, paulista destaca renovação na modalidade e revela sonho de ir aos Jogos de Lima
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 11/8/2015
Mesmo sem conseguir a sonhada medalha, Luiz Medina, o Kaíque, pode dizer que cumpriu sua missão nos Jogos Parapan-Americanos Rio 2016, em Toronto, no Canadá. Além de representar a seleção na Classe 6 individual, o paulista de 64 anos tem um importante papel fora da mesa: dividir sua experiência esportiva e de vida com a nova geração de mesatenistas paralímpicos.
“É muito bom esse contato com os mais jovens, tanto para eles como para mim. Eles pegam experiência não só no tênis de mesa, mas na vida mesmo. Isso os motiva a quererem crescer ainda mais, a irem longe. E nós ficamos felizes em ver essa renovação na nossa modalidade”, disse.
Em Toronto, Kaíque caiu em um grupo difícil e acabou eliminado ainda na primeira fase. Seus rivais no grupo, o norte-americano Ari Arratia e o chileno Matías Lorca, acabaram fazendo a final do torneio. Apesar da frustração por ficar fora do pódio, viu sua participação de forma positiva.
“Foi uma experiência muito boa. Vimos que o pessoal está se dedicando muito mais à modalidade. O evento está de altíssimo nível. Infelizmente, não consegui uma medalha. Mas ver esse nível serve de motivação para nos esforçarmos ainda mais para os próximos campeonatos”, afirmou, comparando a realidade atual com a de quando começou.
“É bem diferente. Hoje, tem muito mais gente, um tratamento mais profissional. Hoje, não levam como lazer, mas como uma profissão”, emendou.
Aos 64 anos, Kaíque não pensa em parar – desistir é algo que passa longe da sua história de vida. O paulista nasceu sem os dois antebraços, a perna esquerda, o dedão do pé direto, a língua e o maxilar. Criou um filho sozinho, foi funcionário público durante 30 anos e, após se aposentar, ainda ingressou com sucesso no tênis de mesa.
Nos seus planos, inclusive, ainda estão os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019.
“Em novembro, vou ao Chile tentar uma medalha na etapa do Circuito Mundial. E, daqui a quatro anos, tem mais. Estarei preparado para mais uma participação no Parapan. Espero estar lá também”, afirmou.
Mesmo quando não tiver mais condições de competir, Kaíque garante que não deixará o tênis de mesa.
“Enquanto conseguir ficar em pé, com 80, 90 anos, vou continuar jogando. Vou até quando puder. Não tem como parar sem mais nem menos. Vou até o fim”, prometeu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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