Por CBTM
Brasileiros já garantiram recorde de medalhas e de ouros em uma única edição do Parapan
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 12/8/2015
A seleção de tênis de mesa brigará por mais quatro ouros nesta quinta-feira (13), último dia das disputas por equipes dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá. Serão três finais, nas Classes 6/8 e 9/10 masculinas e 4/5 feminina, e a última rodada do torneio 3/4 masculino, em que o Brasil decidirá o título contra o México. Todas as partidas estão marcadas para as 11h (de Brasília).
Nesta quarta (12), além de garantir as vagas nas finais, a seleção subiu três vezes ao pódio: foi campeã nas Classes 1/2 e 5 masculinas e vice na 1/3 feminina. Assim, chegou a 27 medalhas no evento, já que havia conquistado outras 24 nas disputas individuais. Destas, 12 são de ouro, superando o recorde anterior do Brasil – 11 em Guadalajara (2011) e no Rio de Janeiro (2007).
Com as decisões desta quinta, o número de pódios subirá para 31, o mais alto de um país na modalidade em uma única edição de Parapan-Americanos. A marca até então vigente era de 27, alcançada pelos próprios brasileiros na edição de 2003.
As vagas nas finais foram garantidas nesta tarde. A disputa na Classe 9/10 masculina foi emocionante. Carlos Carbinatti (ouro na 10), Claudio Massad (prata na 10) e Diego Moreira (bronze na 9) saíram perdendo para os mexicanos, mas tiveram grandes atuações nos confrontos individuais para virarem: 2 jogos a 1.
Carbinatti e Massad caíram nas duplas após três parciais apertadas – 17/15, 12/10 e 18/16 –contra René Domínguez/Ariff Vásquez. No segundo jogo, Carbinatti empatou o duelo sem dar chances para Ariff: 3 a 0 (11/3, 11/0 e 11/5).
Massad e Domínguez se reencontraram na partida decisiva após fazerem a semifinal no torneio de simples, que terminou em vitória brasileira por 3 a 2. O paulista novamente saiu vencedor, fechando em 3 a 1 (11/6, 11/6, 10/12 e 14/12).
“Sabíamos que seria muito difícil. Vacilamos em alguns momentos cruciais nas duplas. O placar não correspondeu ao que aconteceu na partida. Depois, o Carbinatti ‘passou o trato’ e coube a mim fechar esse ponto. Vamos lutar por esse ouro até o fim”, disse Massad.
Os rivais brasileiros na briga pelo ouro serão os Estados Unidos, que passaram com tranquilidade por Cuba na outra semi.
Na Classe 6/8 masculina, Luiz Filipe Manara, ouro individual na 8, Paulo Salmin e Israel Stroh, ouro e prata na 7, bateram nas semis o Chile por 2 a 0. Na decisão, uma reedição da final de Guadalajara contra os canadenses – na ocasião, o Brasil saiu vencedor.
“Eles devem utilizar o fator casa, contando com a torcida. A parte física também está começando a pesar um pouco mais. Estamos no quinto dia de competição, então vamos nos recuperar para amanhã. Conhecemos os adversários e vamos em busca desse ouro”, afirmou Salmin, único atleta da atual seleção que esteve na final há quatro anos.
Diante dos chilenos, Manara e Salmin abriram 1 a 0 no confronto ao derrotarem Cristian Dettoni/Juan Pardo por 3 sets a 0, parciais de 11/5, 11/5 e 11/8. Manara seguiu na mesa e derrotou Matías Lorca por 3 a 0 (11/5, 11/7 e 12/10), definindo a vaga na decisão.
Joyce Oliveira, bicampeã individual na Classe 4, e Maria Luiza Passos, vice na 5, conseguiram uma grande vitória diante dos Estados Unidos – 2 a 0 – para avançarem à decisão da 4/5. Elas brigarão pelo ouro contra o México, que também chegou invicto à final.
Nas semis, as brasileiras levaram a melhor nas duplas sobre Jennifer Johnson/Cynthia Ranii: 3 a 1 (9/11, 11/8, 11/4 e 11/7). Em seguida, Joyce superou Johnson por 3 a 0, parciais de 11/3, 11/5 e 11/3, e definiu a classificação verde e amarela.
A uma vitória de seu primeiro ouro parapan-americano aos 64 anos, Maria Luiza Passos celebrou o bom momento da equipe.
“Estamos confiantes. Esperamos estar ainda melhores amanhã. Fomos bem agora à tarde, mas queremos crescer para buscar esse ouro que seria inédito para mim. Estamos evoluindo ao longo da competição”, afirmou a experiente mesatenista, que, em quatro edições, já conquistou três pratas e três bronzes.
Decisão na última rodada
Brasileiros e mexicanos passaram invictos pelas três primeiras rodadas do grupo único da Classe 3/4 e decidirão o título nesta quinta. David Freitas, Welder Knaf e Alexandre Ank – ouro e prata individual na 3 e bronze na 4, respectivamente – chegaram à terceira vitória ao superarem o Chile por 2 a 0. Antes, já haviam batido Venezuela e Canadá pelo mesmo placar.
Nas duplas, David e Welder fizeram 3 a 0 (11/7, 11/6 e 11/8) nos chilenos Alfonso Ángel/Cristian Astete. Ank fechou o confronto já na partida seguinte, vencendo Astete também em sets diretos, parciais de 11/7, 11/4 e 11/9.
Também nesta tarde, Cátia Oliveira, ouro individual na Classe 1/2, e Thais Severo, vice na 3, derrotaram os Estados Unidos por 2 a 0 ficaram com a prata da Classe 1/3. Elas subiram ao pódio com as campeãs mexicanas, para quem perderam na véspera por 2 a 0, em um confronto equilibrado.
No duelo desta quarta, dois jogos duros. A partida de duplas terminou apenas no quinto set: Cátia e Thais venceram Pamela Fontaine/Tara Profitt por 3 a 2 (11/2, 14/16, 6/11, 11/6 e 11/6). Na sequência, Thais garantiu a vitória no confronto ao bater Fontaine por 3 a 1, parciais de 11/6, 6/11, 11/1 e 14/12.
Confira a programação desta quarta:
10h - Classe 3/4 masculina - 3ª rodada do grupo único - Brasil 2 x 0 Venezuela
11h10 - Classe 6/8 masculina - 3ª rodada da fase de grupos - Brasil 2 x 0 Costa Rica
11h10 - Classe 5 masculina - 3ª rodada do grupo único - Brasil 2 x 0 Argentina (DISPUTA DE OURO)
11h10 - Classe 1/2 masculina - 3ª rodada do grupo único - Brasil 2 x 0 Cuba (DISPUTA DE OURO)
16h - Classe 6/8 masculina - Semifinal - Brasil 2 x 0 Chile
16h - Classe 4/5 feminina - Semifinal - Brasil 2 x 0 Estados Unidos
16h - Classe 1/3 feminina - 2ª rodada do grupo único - Brasil 2 x 0 Estados Unidos (DISPUTA DE PRATA)
17h10 - Classe 3/4 masculina - 4ª rodada do grupo único - Brasil 2 x 0 Chile
18h - Classe 9/10 masculina - Semifinal - Brasil 2 x 1 México
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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