Por CBTM
Multicampeão, mineiro encerra ciclo em Toronto e abre passagem para nova geração
Daniel Leal, em Toronto (CAN) – 14/8/2015
A história do tênis de mesa nos Jogos Parapan-Americanos se confunde com a de Carlo di Franco: em quatro edições do evento, o mesatenista brasileiro da Classe 6 conquistou quatro ouros, duas pratas e um bronze. O capítulo final de sua vitoriosa trajetória foi escrito em Toronto, no Canadá. Após levar mais uma medalha no individual, o mineiro de 45 anos anunciou sua despedida dos grandes eventos internacionais. Mesmo com nível para seguir competindo, justificou o adeus com um nobre motivo: quer dar espaço à talentosa geração que vem ganhando espaço no cenário nacional.
"Aqui realmente é a despedida de grandes torneios. Já estou há 20 anos na seleção brasileira, disputei três Jogos Paralímpicos, três Mundiais, nove Parapan-Americanos, incluindo os que são apenas da modalidade. Então, agora é a hora de dar espaço para os meninos que estão chegando, e chegando com força", revelou.
Em Toronto, Carlucho, como é conhecido, conquistou a medalha de bronze nas disputas individuais da Classe 6. Sua meta era o ouro, que lhe garantiria a vaga direta nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Sem o título, o mineiro confirmou a despedida.
"Na realidade, essa decisão já foi tomada em 2012. Achei que não poderia estar mais jogando em alto nível, por causa das lesões, das dores. Mas, no fim do ano passado, ganhei a seletiva e o meu tênis de mesa melhorou de novo. A meta agora era ganhar um ouro aqui para ir ao Rio. Como não ganhei, aqui é a despedida", disse.
Logo após subir ao pódio para receber sua sétima medalha, na segunda-feira (11), Carlucho se emocionou. Em meio às lágrimas, lembrou sua história na competição. Até esta edição do Parapan, era, ao lado de Iranildo Espíndolo, o recordista brasileiro de ouros individuais, com três (2011, 2007 e 1999). Ele conquistou ainda, por equipes, um ouro (2011) e duas pratas (2007 e 1999).
"Foram 20 anos de invencibilidade nas Américas, nunca tinha perdido uma partida na minha classe até aqui, onde perdi duas. Mas estou muito feliz por tudo o que fiz, pelas amizades que eu fiz, por ter contribuído para essa história do tênis de mesa brasileiro", afirmou.
Carlucho, no entanto, não pensa em se distanciar da modalidade. Seja como uma referência para os mais novos ou no contato com os mais novos, no dia a dia de treinamentos e das competições nacionais.
"Hoje, a estrutura para essa nova geração é muito boa. Vejo o Paulo Salmin jogando, enxergo várias coisas que ele pegou de me ver na mesa. Fico feliz de ter incentivado outros e mostrado, com meu exemplo de garra na mesa, como se deve competir", concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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