Por CBTM
Brasileiro encarou a lenda alemã em sua segunda partida pela Liga Nacional
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 19/10/2015
Há um ano, Hugo Calderano saía de um confronto pela Liga Alemã com muito mais que uma vitória na bagagem – aos 18 anos, havia entrado para a história mais uma vez. O triunfo sobre o alemão Timo Boll, então nono colocado no ranking mundial, mexeu não somente com o jovem talento, mas com a forma como o mundo do tênis de mesa passou a olhar pra ele.
“Aquela vitória foi muito importante pra mim por alguns motivos. Ela foi uma das minhas primeiras partidas, me fez ser mais conhecido aqui na Alemanha, fez os meus companheiros verem que podiam confiar em mim e é claro, me deixou muito feliz e motivado”, enumerou Calderano.
O brasileiro já havia conquistado a medalha bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude – façanha inédita para a modalidade no Brasil – e fazia apenas a segunda partida de sua primeira temporada pelo Liebherr Ochsenhausen.
Com o tempo, a vitória por 3 a 0 – parciais de 11/8, 11/9 e 11/9 -, tornou-se ainda maior, já que foi a única derrota de Boll na última temporada, quando sua equipe, o Borussia Dusseldorf, sagrou-se campeã da Bundesliga.
Para obter esse resultado aos 18 anos, Calderano teve de utilizar com maestria uma de suas principais características: o foco. Conectada a uma boa aplicação dos fundamentos, formou o conjunto que explica o triunfo diante da “lenda”.
“O principal nesse jogo foi a minha força mental, minha concentração. Mas claro que sem a técnica e a tática nada disso funciona, então eu destacaria minha recepção do saque dele e meu backhand”, apontou Hugo.
Preocupado em não menosprezar nenhum rival do passado ou do futuro, o carioca rechaça qualquer tipo de preparação diferenciada para enfrentar um grande adversário como o alemão, mas admite a forte presença da adrenalina em tais duelos.
“Eu entro com a mesma concentração em todos os jogos, mas é claro que jogar com um adversário muito mais forte você tem aquela fome maior de ganhar, essa é a diferença pra mim”, afirmou.
E para quem não se convenceu que aquele jogo ganhou contornos de lenda, Calderano - ligeiramente tímido -, relembra o causo contado por Francisco Arado, seu treinador na época em que morava em São Caetano do Sul (SP), no centro de treinamento da seleção brasileira.
“Já passou algum tempo, mas às vezes esse assunto aparece. Tem uma história legal, que quando o Paco estava vindo para a Alemanha, ele parou na Polícia Federal e disse que era do tênis de mesa, então o policial falou pra ele que tinha um brasileiro que tinha vencido o Timo Boll”, contou o brasileiro.
Mais conquistas no currículo e ambição intacta
Um ano depois, o quadro pessoal de medalhas tem duas conquistas muito especiais: a prata do torneio de duplas do Aberto do Catar, ao lado de Gustavo Tsuboi, melhor resultado das Américas em uma etapa do Circuito Mundial da série Super; e o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que selou a vaga nos Jogos Olímpicos de 2016.
Para além dos troféus, Calderano cita o ganho em performance na mesa adquirido ao longo de 12 meses atuando em alto nível em seu clube na Europa e pela seleção brasileira, como grande crescimento no período.
“Agora eu já estou acostumado a morar aqui na Alemanha, com as condições de treino e de vida mesmo. Meu jogo está mais regular, o que é uma coisa muito importante no alto nível”, destacou o brasileiro.
Mesmo que a constância seja seu ponto mais evoluído atualmente, superar um ex-número um do mundo, 15 anos mais experiente, não teve como não confirmar as certezas de um jovem determinado.
“Vitórias como essa com certeza dão mais confiança, motivação para seguir melhorando. Desde sempre eu soube que eu tinha essa capacidade de ganhar jogos de adversários mais fortes, surpreender, mesmo não tão regular quanto eles. Até por ser mais novo, mas sei que tenho essa capacidade de ir muito bem quando é importante”, afirmou, antes de fazer uma última ressalva.
“O que não mudou nada é a minha vontade de chegar no topo e ser um grande campeão, isso nunca vai mudar”.
E quem seria capaz de duvidar?
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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