Por CBTM
Campeão pan-americano disputa a Copa Latina e torce por Alexandre no Brasileiro
Matheus Quelhas e Hellen Guimarães, de Lauro de Freitas (BA) – 28/10/2015
Com 34 anos, Thiago Monteiro possui uma vitoriosa carreira no tênis de mesa. Tricampeão pan-americano por equipes, campeão de etapa do Circuito Mundial - o Aberto do Chile, em setembro – e destaque na Liga Francesa pelo Istres, o mesatenista passou a infância acompanhado do irmão mais novo nos torneios. Seu Alexandrino, pai e treinador dos meninos, foi o responsável por introduzi-los no esporte.
“Temos uma diferença de idade de quatro anos e meio. Hoje em dia a gente não sente essa diferença, mas ela é grande na infância. Logo, apesar de brincarmos de tênis de mesa em casa, treinar juntos a sério foi mais recente. É difícil brigarmos ou discutirmos. Embora tenhamos personalidades diferentes, a gente sempre se entendeu muito bem”, contou Thiago.
Torcedores do Ceará – com simpatias pelo Flamengo por parte de Thiago e pelo São Paulo, pela de Alexandre -, os dois começaram a rotina esportiva jogando tênis de mesa e futsal na AABB.
“Quando eu estava começando, ele já estava em alto nível, sendo campeão brasileiro. A gente bate uma bolinha quando ele vem para Fortaleza e quer alguém para treinar, quer manter o contato com a raquete. Ele alivia o irmão um pouco, senão eu fico todo machucado. Se ele pegar pesado não dá não (risos)”, brincou Alexandre.
Lauro de Freitas marca o reencontro dos irmãos em competições de tênis de mesa. Thiago destacou a mobilização familiar em torno da modalidade e o bom relacionamento entre os dois.
“Eu, ele e o pai, que também era nosso treinador, sempre viajávamos juntos para os torneios. Quando era em Fortaleza ou alguma Copa Brasil no Nordeste, nossa mãe ia às vezes, e estávamos sempre juntos. Boa parte das vitórias e conquistas no começo da minha carreira o Alexandre presenciou. Mas a gente estava no dia-a-dia de treino e isso era muito comum para nós. Ele também teve os resultados dele e os resultados de um não sobrepunham os do outro. Fomos acostumados a pensar assim desde pequenos”, contou o mesatenista.
O irmão mais novo também frisou a união da família Monteiro dentro dos ginásios e a motivação que obtinha a partir do exemplo de Thiago.
“A inspiração maior era do pai, mas o Thiago fazia parte de uma turma boa de tênis de mesa e estavam conseguindo resultados, disputando título nacional. Claro vê-lo ganhar era um incentivo, fazia com que eu acreditasse que também poderia. Mas nunca houve isso de um querer fazer mais que o outro. Sempre foi numa boa, nada de muita pressão entre a gente”, afirmou Alexandre.
Na Bahia, Thiago briga pelo título da Copa Latina. Alexandre, que não seguiu carreira profissional no esporte, disputa o rating mais alto do Campeonato Brasileiro.
“Faz quase dois anos que eu não jogo uma competição oficial. O Absoluto A é complicado, o pessoal é forte e joga sempre. Eu vim mais porque o Thiago veio, aproveitei que era perto de casa. Fui melhor do que esperava na primeira partida, tive minhas chances, mas foi legal jogar um pouquinho e rever todo mundo”, relatou o caçula.
Apesar da distância, os irmãos mantêm o diálogo constante, consolidando a cada dia o elo construído na mesa.
“Eu converso muito com ele sobre a modalidade. Se tem um adversário com quem ele nunca jogou, eu pesquiso, procuro informações, passo um vídeo para ele. Não perturbo muito, claro, porque o cara já vive 24 horas por dia pensando em tênis de mesa, mas a gente sempre tenta se ajudar da melhor forma possível”, concluiu Alexandre, sorrindo.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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