Por CBTM
Atleta paralímpico se emociona ao comentar título e início de carreira
Matheus Quelhas e Hellen Guimarães, de Lauro de Freitas (BA) – 31/10/2015
Um sentimento maior, capaz de superar qualquer obstáculo: assim o novo campeão brasileiro da Classe 3 enxerga o tênis de mesa. Nem a idade nem a lesão puderam afastar Airton Fontenele, da Associação Cearense de Tênis de Mesa, de sua verdadeira vocação. A bela trajetória do atleta ganhou um capítulo importante neste sábado (31), quando ele conquistou o título do Campeonato Brasileiro Sanei de Verão ao vencer o colega de clube Jean Carlo Padilha por 3 a 1 – parciais de 11/7, 11/3, 8/11 e 11/8.
“Tenho 41 anos, e comecei no tênis de mesa aos 35. O Eugênio Sales, que é o nosso dinossauro lá do tênis de mesa (risos), sempre me chamava para jogar. Fui algumas vezes, mas nunca permaneci. Em uma delas, havia um lance enorme de escadas, e eu precisava ficar pedindo ajuda às pessoas para subir. Então, eu desisti”, contou Airton.
Entretanto, o amor pelo esporte falou mais alto do que qualquer empecilho. Após novo convite de Eugênio, Airton voltou ao tênis de mesa já em disputas nacionais.
“Comecei a gostar, o vírus da emoção do jogo começou a tomar conta (risos). Já tive outras finais de Copa Brasil, mas Brasileiro é diferente. Considero que minha meta foi cumprida, graças a Deus. Eu estou emocionado, estou mesmo. Vou aterrissar ainda (risos)”, comemorou Aírton.
Assim como Padilha, Fontenele conseguiu a classificação para as eliminatórias em primeiro lugar do grupo, garantindo o direito de entrar já nas semifinais. No primeiro jogo, derrotou Anderson Miranda, da ADIPPNE São Paulo – SP, por 3 a 0, com parciais de 11/5, 11/5 e 11/9. Na sequência, conseguiu a virada sobre Cincler Trevisan, da ADFP Paraná – PR, por 3 a 1 (parciais de 6/11, 11/6, 11/7 e 15/13). Enfrentou Michel Lima, da AACD São Paulo – SP, nas semifinais, vencendo por 3 a 0 (11/4, 11/7 e 13/11). Lima e Trevisan ficaram com o bronze.
“É a primeira final de campeonato brasileiro a que eu chego na minha carreira de atleta. É um misto de emoção com a tentativa de se controlar para poder raciocinar e fazer o jogo acontecer a seu favor, e isso mexe muito com a gente. Sei que estão faltando os jogadores top aqui, como Davi Freitas e Welder Knaf, mas a chance que eu tenho eu preciso aproveitar, e tentei fazer isso da melhor forma possível. Claro que ter a oportunidade de jogar contra eles e conseguir ganhar seria indescritível, mas isso ainda está um pouco distante. De qualquer jeito, é certamente uma motivação”, analisou Airton.
E não restam dúvidas de que, com a determinação de sempre, o mesatenista prosseguirá trabalhando para galgar posições em sua categoria. Largar a modalidade parece fora de cogitação.
“O tênis de mesa não me ajuda só fisicamente. Quando eu saio da minha casa para jogar ou para treinar meu tênis de mesa, eu relaxo, fico feliz. Quando eu escuto o barulhinho da bola, é uma coisa impressionante, muda a vida. Olha o meu olho” concluiu, tentando conter as lágrimas.
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