Notícia

Diamantes do Futuro correspondem na mesa e viram sensação de torneio na China

Por CBTM

08/12/2015 15h49


Seleção brasileira disputou, com duas equipes, o torneio de Chengdu, onde está sendo realizado intercâmbio

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 8/12/2015

Os brasileiros em intercâmbio do programa Diamantes do Futuro na província de Chengdu, na China, receberam mais um grande incentivo no último final de semana, quando participaram do tradicional torneio local. As duas equipes da seleção avançaram até a semifinal e foram a sensação do evento.

"O torneio foi muito válido. Nossos atletas foram testados em partidas muito acirradas, contra adversários de diferentes estilos e em jogos de melhor de três sets. Todos tiveram que entrar muito concentrados e focados, buscando seu melhor nível de atuação desde o primeiro ponto", explicou o técnico Jorge Fanck.

Com inscrições abertas, o torneio contava com jogadores de todas as idades, de praticantes amadores aos profissionais. E com grandes campanhas, por muito pouco o Brasil não fez uma final verde e amarela em solo chinês – ambos os times caíram nas semifinais.

“Tivemos que lidar com muito assédio, as nossas equipes viraram uma atração do campeonato. Tomamos muito cuidado para eles não perderem o foco. No final, os jogadores assinaram uma raquete que foi sorteada para os participantes do evento”, explicou o gaúcho.

O Brasil A, composto por Rafael Torino, Eduardo Tomoike, Diogo Silva e Guilherme Teodoro venceu 13 partidas e perdeu quatro – incluindo o revés na semifinal, por 2 jogos a 1. Já o Brasil B, que tinha Daniel Godoi, André Murchie, Felipe Miua e Gustavo Gerstmann venceu 13 e foi superado em cinco oportunidades.

Para Ricardo Faria, um dos coordenadores do programa Diamantes do Futuro, os elogios por parte da comissão técnica chinesa foram merecidos pelo contexto que os jovens brasileiros encararam com êxito.

"Eles puderam jogar contra adultos, incluindo alguns ex-profissionais que sempre buscavam se impor sobre nossos atletas. Estamos todos contentes com o resultado obtido visto que havia muita pressão do público, que assistia os jogos junto às mesas. Alguns jogos ocorreram na mesa principal, com transmissão ao vivo”, apontou o português.

Além da pressão vinda das arquibancadas, o alto grau de dificuldade do torneio se deveu também ao formato diferente do que os jovens estão acostumados, que necessitava um tempo de reação e leitura de jogo aguçados.

"Na minha visão o mais difícil foi se adaptar ao um jogo de meia davis e com melhor de 3 sets, onde não há tempo hábil para recuperação, todo ponto e set é muito importante. O grau de compromisso e foco em cada bola é como se fosse final de jogo”, destacou o técnico Andrews Martins.

Assim como Faria, o treinador Emerson Jerônimo, que também acompanha o intercâmbio, ressaltou também o ganho psicológico, mas relacionado aos fatores de fora da mesa.

"Esse teste emocional foi muito importante para eles, pois enfrentaram por algumas vezes atletas mais velhos e também mulheres de alto nível, trazendo uma carga psicológica que eles não estavam acostumados”, declarou.

O intercâmbio dos Diamantes do Futuro – uma parceria entre o governo chinês e o Ministério do Esporte - segue em Chengdu até o dia 15 de dezembro.

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