Por CBTM
Lívia Lima, Wanessa Wu, Giulia Takahashi, Laura Watanabe e Fabiana Shintate treinam com adversárias fortes e apresentam bom rendimento em Chengdu
Da redação, no Rio de Janeiro – 14/12/2015
Antes do início da última semana de intercâmbio do Diamantes do Futuro no centro de treinamento da seleção chinesa, em Chengdu, a sensação entre as meninas é de dever cumprido. Laura Watanabe, Lívia Lima, Giulia Takahashi, Fabiana Shintate e Wanessa Wu demonstram grande evolução técnica e máximo aproveitamento do intercâmbio na maior potência da modalidade. É o que afirma um dos treinadores do projeto, Andrews Martins.
“Há um consenso na comissão técnica brasileira aqui em Chengdu sobre o ótimo aproveitamento das cinco atletas do Brasil que participaram do estágio. Isso se deve à carga horária semanal de 30 horas, à excelente estrutura, ao suporte técnico e, predominantemente, ao alto nível das parceiras de treino. Em um turno, elas trabalham com a equipe de idade semelhante, de 10 a 13 anos, mas já de nível superior. No outro, enfrentam a equipe de 14 a 16 anos, que é muito forte e tem atletas de experiência e sucesso internacional”, relatou.
Uma destas mesatenistas talentosas e mais experientes é Peng Yuqing (106ª), que, em novembro, sagrou-se campeã individual e de duplas no Aberto de Juniores e Cadetes de Portugal, etapa do Circuito Mundial Juvenil da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITFF). Zhang Xueen (162ª), sua parceira no título de duplas, também se juntou aos treinamentos em Chengdu após o ouro em Loulé. Além de treinar com atletas do mais alto nível, as jovens promessas brasileiras contam com uma dedicada comissão técnica. Martins, Jorge Fanck, Emerson Jerônimo e o português Ricardo Faria, consultor internacional da CBTM, ficam atentos às necessidades das meninas, trabalhando junto às atletas a fim de potencializar seu rendimento.
“Com a supervisão do Ricardo, nós, técnicos, nos revezamos para ajudar em cada treino e estabelecemos uma relação de muita confiança e parceria com essas meninas. Quando há essa harmonia somada a tanta qualidade, é impossível não haver um bom desempenho”, afirma Andrews.
Tamanha dedicação vem se refletindo nos resultados e na autoconfiança das brasileiras. Em torneios semanais, elas têm conseguido vitórias importantes contra as atletas chinesas, e consideram o intercâmbio peça fundamental dessa evolução. Campeã brasileira e sul-americana em 2015, Lívia Lima, de 13 anos, exalta a oportunidade e destaca a vontade ainda maior de continuar a crescer no esporte.
“Fico muito feliz em poder treinar em alto rendimento aqui na China. Estou tirando muita coisa boa de cada parceira de treino para melhorar meu jogo. Recentemente, consegui algumas vitórias aqui que, antes, pareciam bem distantes. Sem dúvidas, treinar com chinesas que já ganharam títulos internacionais é um sonho que sem o Diamantes eu jamais conseguiria realizar. Estou muito feliz e motivada”, afirmou.
A sensação de estar em processo de desenvolvimento é unânime entre as jovens brasileiras. Wanessa Wu, 11, ressalta que os resultados positivos se devem ao progresso gradual durante os treinamentos em solo chinês.
“As meninas aqui são muito fortes e, para conseguir me superar e vencer algumas partidas nos torneios que fazemos duas vezes por semana, tive que melhorar muito meu jogo. Estou muito feliz com os resultados recentes e com o apoio e os elogios recebidos dos técnicos brasileiros aqui, e espero ter mais oportunidades de intercâmbio como esta no futuro”, contou a atleta.
‘Caçula’ entre os 17 brasileiros do projeto, Giulia Takahashi (10), irmã da campeã mundial infantil Bruna Takahashi, considera fundamental a aquisição de experiência que marcou o período de treinamentos com as chinesas. Ela ainda analisa taticamente a contribuição das parceiras de alto nível em seu amadurecimento.
“Estou gostando muito. Acho que melhorei bastante meu jogo, principalmente meu deslocamento e velocidade na troca de bola, pois as meninas daqui são muito rápidas e preciso me esforçar muito para ganhar pontos, sets e conseguir vencer jogos neste grupo. Tenho certeza de que, ao voltar para o Brasil, estarei mais preparada e com mais chances de vencer confrontos difíceis”, projetou Giulia.
Fabiana Shintate, 11, demonstrou felicidade por ver seu amadurecimento refletir nos resultados contra as fortes atletas locais. A brasileira exaltou, ainda, a qualidade dos treinamentos e das adversárias.
“O treino aqui é muito forte, puxado e rigoroso. Agora que estou conseguindo ganhar sets e fazer pontos em atletas mais velhas e de ótimo nível, estou muito satisfeita, pois acho que melhorei bastante. As meninas sacam muito bem, acertam tudo, e tive que melhorar minha recepção e meu ataque para conseguir esses resultados. A viagem está sendo muito importante para minha evolução”, declarou.
Assim como as companheiras de equipe, Laura Watanabe, 11, demonstrou satisfação ao ver seu desempenho melhorar a cada dia. Empolgada, ela pretende se dedicar ainda mais e desfrutar de experiências tão enriquecedoras quanto esta no futuro.
“Os treinos aqui na China são muito bons, e eu fico muito feliz por poder ir à mesa todos os dias com atletas tão fortes. Busco fazer o melhor em cada treino, tento ganhar sets das melhores e jogos das mais próximas a nós. Estou muito feliz com tudo. É a melhor oportunidade que já tive e espero ter outras desse tipo”, concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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