Notícia

Prestes a jogar Olimpíada em casa, Hugo Calderano relembra ouros no Pan de Toronto

Por CBTM

25/12/2015 20h00


Jovem aponta a confiança e a preparação como trunfos na conquista dupla

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 25/12/2015

Ao fim de 2015, somente um mesatenista brasileiro terá a certeza que está garantido nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro: Hugo Calderano. Aos 19 anos, o medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto reforça a confiança com a qual chegou na competição continental para continuar crescendo na carreira.

“Cheguei no Pan com bastante confiança, sabendo das minhas chances de levar o ouro, tanto em equipes quanto no individual. Além disso, entrei muito focado no meu objetivo e confiante de que tinha feito a melhor preparação possível”, afirmou o carioca, que apesar da idade demonstra maturidade de veterano.

Além de assegurar a primeira vaga da América Latina no torneio individual do Rio 2016, Calderano encerrou um jejum de 20 anos – tempo que o país não conquistava o título. Mesmo tendo entrado como um dos favoritos, o brasileiro se orgulha em ter saído vitorioso mesmo com o alto nível da competição.

“Hoje, quando penso no Pan, lembro de todas as dificuldades que eu tive durante o campeonato até chegar ao título. E me dá um alívio muito grande saber que consegui passar por todos esses obstáculos e chegar até onde eu queria”, recordou.

Tudo começou após uma performance avassaladora no torneio por equipes. O Brasil levou seu sétimo ouro pan-americano no torneio – o terceiro de Gustavo Tsuboi e Thiago Monteiro – e bateu o Paraguai na decisão por 3 partidas a 0.

Na sequência, a seleção brasileira encheu de orgulho todo o país ao conquistar, pela primeira vez na história, três medalhas individuais. Além de Hugo, Gustavo ficou com a medalha de prata e Thiago, superado por Tsuboi na semifinal, com o bronze.

Como não poderia ser diferente, uma final individual entre companheiros de treino, que se conhecem de longa data, foi extremamente equilibrada. No fim, deu Calderano pelo placar de 4 a 3 (11/6, 6/11, 4/11, 11/7, 13/11, 9/11 e 11/2) – um duelo que ficará marcado para o jovem.

“Para mim, o momento mais importante foi na final contra o Gustavo: se não me engano estávamos empatados em 2 a 2 e 10 a 7 para ele. De alguma forma consegui virar esse set e sem dúvida isso foi decisivo para minha vitória e classificação olímpica”, destacou Hugo.

Com a vaga garantida, o mesatenista não disputará o Pré-Olímpico latino-americano, em abril. Assim, concentra sua preparação, por hora, no cotidiano em Ochsenhausen, na Alemanha, jogando a Liga Nacional e em breve o retorno do Circuito Mundial.

“Ainda não penso tanto em 2016 no meu dia-a-dia. Por enquanto estou focando mais em melhorar a cada dia para poder chegar no meu auge lá. Mas acho que quando chegar mais perto vou começar a pensar mais nas Olimpiadas”, admitiu.

Para a torcida brasileira, o que fica do ano espetacular do tênis de mesa brasileiro, com a comprovação da soberania na América Latina, é a certeza que o foco será total nos Jogos Olímpicos – assim como o apoio.

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