Notícia

Equipe de Coordenação fortalece arbitragem em busca de padrão internacional

Por CBTM

27/12/2015 18h30


Liderado por Mariclea Gomes, time de quatro experientes profissionais mudou o panorama da função

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 27/12/2015

Na esteira dos esforços de disseminação do tênis de mesa aplicados pela CBTM em todo o país, a temporada nacional recebeu um importante reforço em 2015: a atuação da primeira equipe de coordenação de arbitragem, liderada por Maricleia Gomes. Em menos de um ano, os resultados já foram sentidos por todos os envolvidos.

“Apesar de pouco tempo de trabalho, posso dizer que tivemos um saldo positivo e concreto. No dia 6 de março, em Piracicaba, aceitei o desafio de coordenar a arbitragem nacional com o apoio de mais três amigos: Leonor Demário, Musa Ferrer e Fernando Moleda, que me incentivaram a aceitar se propuseram a me auxiliar nos trabalhos para crescimento da arbitragem”, contou Maricleia, que ainda comemorou o planejamento alcançado.

“Cumprimos todos os nossos objetivos. Criamos o Curso de Leis do Tênis de Mesa e Procedimentos, atualizamos todas as regras no site; aplicamos em todas as competições cursos de reciclagem e dinâmicas; e ainda colocamos em prática os procedimentos de entrada na área de jogo”, enumerou.

Se o primeiro objetivo da equipe é elevar e padronizar a arbitragem nacional, os próximos passos não foram deixados de lado, principalmente devido aos vários níveis de oficiais que atuam. Assim, um grupo foi preparado para fazer a prova de árbitro internacional White Badge, que credencia para todas as competições mundiais, exceto Jogos Olímpicos.

“Formamos um grupo de estudo com 16 árbitros, com apoio da CBTM e do Comitê Rio 2016, para formação de árbitro White Badge com Leonor, que elaborou curso de capacitação, aplicando a esses árbitros e preparando-os para a prova”.

Leonor Demário, árbitra Blue Badge (credencial máxima da ITTF), teve os ensinamentos como uma de suas incumbências dentro da coordenação. E mesmo admitindo que a transformação da arbitragem ainda está em curso, demonstra satisfação pela evolução até aqui.

“Ainda estamos engatinhando, não conseguimos atingir a padronização, mas a resposta dos árbitros tem sido muito positiva. É difícil mudar comportamentos, mas nessa primeira fase estamos mais preocupados dar os meios para que cresçam. Conhecimento só é bom quando compartilhado”, lembra a catarinense.

O início de um trabalho pode ser complicado, mas a coordenadora Maricleia Gomes destaca a compreensão por parte dos árbitros, que compraram a ideia desde o princípio.

“Os árbitros, para minha surpresa, receberam as dinâmicas e cursos com braços abertos. Digo isso porque não tinha certeza como eles iriam receber a notícia de que em dois dias de competição, quando eles acabassem os jogos, ainda teriam reunião ou seminário, mas a iniciativa foi muito elogiada por eles. Assim formamos realmente uma equipe, em hora de café, almoço e jantar sempre junta. Com isso vieram mais discussões sobre regra, postura, comportamento entre o grupo e isso tende sempre a um crescimento de desempenho a cada competição”, afirmou.

Maria José Ferrer, mais conhecida como Musa, uma das mais experientes oficiais do circuito nacional e responsável pelo curso de procedimentos, também apontou a resposta positiva do grupo.

“Conseguimos sentir um entusiasmo muito grande por parte dos árbitros, acho que pela seriedade com que nós, da coordenação, tratamos isso desde o início. Em termos de procedimentos eles hoje reproduzem exatamente o que acontece nos eventos internacionais, o que é difícil”, elogiou.

Resultados em ação e olhos no futuro

Engana-se quem pensa que a evolução da arbitragem se dá somente na aplicação das regras e nos procedimentos na área de jogo – o conhecimento auxilia também na postura dos oficiais durante as competições, conforme aponta Fernando Moleda, mais conhecido como Nacho.

“A capacitação que foi feita permitiu aos árbitros que entrassem com muito mais confiança na área de jogo. Sempre orientamos eles a perguntarem, não tomarem as decisões sozinhos, e isso aconteceu. Em relação a todo o trabalho feito esse ano, a palavra diz por si só: equipe”, resumiu o uruguaio, que atuou como árbitro geral nos principais campeonatos do ano.

E para medir o crescimento da equipe e fornecer um feedback ainda mais qualificado para os árbitros, o Campeonato Brasileiro de Verão, na Bahia, recebeu a primeira avaliação de atuações, seguindo o padrão internacional.

“Em Lauro de Freitas começamos, pela primeira vez, a fazer uma avaliação das arbitragens. Nós adaptamos o formulário usado pela ITTF em avaliações oficiais, e após os jogos há uma discussão entre examinador e oficial. Com o tempo, queremos tornar isso uma prática”, declarou Leonor Demário.

Paralelamente ao aprimoramento dos árbitros que já têm experiência no circuito, há também a prospecção de novos talentos para a função, estabelecida através de cursos locais realizados antes dos torneios.

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“Tivemos esse ano cursos em cinco estados e em três deles as federações foram as responsáveis pela aplicação. Eu dou o suporte online, faço a prova com o coordenador estadual, corrigindo e enviando o gabarito correto. Depois colocamos a relação dos aprovados no site da CBTM. Espero que no ano de 2016 tenhamos pelo menos dez federações abraçando essa causa”, projetou Mariclea Gomes.

A dinâmica online de atuação é uma das grandes apostas da coordenação para o ano de 2016. Segundo a paraibana, as ferramentas eletrônicas podem ser o grande combustível que falta para a aceleração do processo de padronização, bem como formação de novos oficiais.

“Queremos dar continuidade no trabalho já implantado e formar maiores grupos de estudos, envolver mais os coordenadores e árbitros com perguntas e respostas online, tentar unificar mais a arbitragem. O Brasil é grande e acaba que muitas vezes só temos a oportunidade de atuação em uma competição. Com as atividades online poderemos estar juntos o ano todo”, ponderou.

Residente do estado de Minas Gerais, Musa Ferrer não quer deixar nenhuma região fora do crescimento da arbitragem nacional, apontando para a predominância atual do Nordeste.

“Precisamos pensar sim em termos de renovação da arbitragem do Sudeste e de outras regiões, pois hoje em dia o Nordeste tem muito mais retorno e interesse. Acho que é um dos nossos desafios para o ano que vem”, destacou.

E se toda a comunidade mesatenista hoje se beneficia de uma arbitragem com mais recursos técnicos, é muito em razão do trabalho em equipe da coordenação e da paixão dessa mesma equipe pela modalidade, segundo Leonor Demário.

“Ninguém faz disso uma profissão, então é muito bom podermos dividir as tarefas, além de quatro pessoas pensarem melhor do que uma. Vem dando certo porque temos uma vontade muito grande de trabalhar pelo esporte e fazer a modalidade evoluir”, explicou.

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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