Notícia

Treinadores da seleção paralímpica elegem destaques de uma temporada histórica

Por CBTM

31/12/2015 18h29


José Ricardo Rizzone, da equipe cadeirante, e Paulo Camargo, do time andante, defenderam a linha de trabalho e enalteceram os feitos dos atletas

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 31/12/2015

Quem vê as seleções paralímpicas quebrando recordes nos Jogos Parapan-Americanos não imagina o árduo trabalho coletivo que as levou até lá. Por trás das 31 medalhas em Toronto e dos bons resultados no Circuito Mundial, há toda uma equipe comprometida em desenvolver o tênis de mesa paralímpico brasileiro. José Ricardo Rizzone, treinador da equipe cadeirante, elogiou os pupilos e o modelo brasileiro de seleções permanentes.

 “Não tem nem o que dizer sobre o Parapan, as medalhas falam por si só. Todos os atletas de seleção permanente foram medalha de ouro. Isso nos dá uma tranquilidade muito grande para trabalhar visando os Jogos de 2016, e nosso foco já está todo voltado para isso”, afirmou Rizzone.

De fato, os brasileiros tiveram desempenho impecável  em Toronto. Além de quebrar o próprio recorde de medalhas – 27, na República Dominicana (2003) -, o país garantiu 10 atletas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Na Classe 2, Cátia Oliveira levou o principal título continental em seu primeiro ano na seleção permanente, ao passo que Joyce Oliveira superou seus limites físicos para subir ao lugar mais alto do pódio na Classe 4. No Aberto de Lignano, etapa fator 40, a mais alta do Circuito Mundial, os brasileiros conquistaram vitórias sobre alguns dos melhores atletas do cenário internacional.

“Foram os melhores resultados da história. Tivemos a Cátia surpreendendo, ganhando uma atleta top 3 do mundo em sua primeira competição internacional. A Joyce Oliveira teve um sério problema na coluna, agora se recupera da cirurgia que fez, mas conseguiu brilhar no Parapan com a ajuda de muita fisioterapia.  A Itália foi o melhor evento do nosso primeiro semestre”, celebrou Rizzone.

Em outras duas etapas fator 40, os Abertos da Eslováquia e da Eslovênia, os mesatenistas trouxeram mais 12 medalhas na bagagem, incluindo os títulos por equipes de Cátia Oliveira e Carla Azevedo na Classe 2. No masculino, Iranildo Espíndola conquistou o tetracampeonato parapan-americano na Classe 3. Aloísio Lima levou o ouro da Classe 1, em dobradinha no pódio com o jovem Bruno Braga, de 24 anos, que ficou com o bronze.

“Iranildo Espíndola, Aloísio Lima, Bruno Braga... todos foram muito bem no primeiro semestre, incluindo os Abertos da Eslovênia e da Eslováquia. Pelo ranking mundial e os resultados, podemos ter a convicção que o trabalho está sendo bem feito”, afirmou Rizzone.

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Entre os andantes, a atuação no Circuito Mundial deixou Paulo Camargo satisfeito. O treinador considera que a experiência de enfrentar atletas do mais alto nível impacta positivamente a técnica e o psicológico dos brasileiros. Além disso, ele defendeu a filosofia de trabalho adotada e seu potencial de perenizar o aprendizado atual.

“Temos que jogar competições fortes para medirmos as nossas forças contra os melhores jogadores do mundo e ganhar experiência. Sem dúvidas, isso eleva o nível da seleção brasileira e a cada evento conseguimos evoluir ainda mais. Certamente, a confiança e a superioridade no Parapan vieram depois dos bons resultados no Circuito Mundial. Esse trabalho não visa somente à Rio 2016, mas também as próximas paralimpíadas e gerações”, declarou Camargo.

Tal trabalho já vem rendendo frutos numerosos, com títulos diversos e triunfos sobre atletas consagrados no Circuito Mundial. Camargo relembrou as vitórias de Salmin sobre o holandês Jean-paul Montanus (6º colocado no ranking mundial da Classe 7) e o tcheco Daniel Horudt (13º na Classe 7). Ainda em etapa do Circuito Mundial, a Copa Costa Rica, Diego Moreira foi bronze individual, superando o finlandês Esa Mettienen (17º na Classe 9). Na Eslováquia, havia derrotado Koyo Iwabuchi (11º na Classe 9) em sets diretos.

“Os sete atletas da seleção permanente andante tiveram êxito em algum momento na temporada. O Salmin conseguiu vitórias expressivas contra jogadores top 10, Montanus e Horut. Manara jogou muito bem as competições por equipes na Classe 8, além dos dois ouros no Parapan do Canadá. Diego, apesar de ser o integrante mais recente da equipe, com menos de 2 anos jogando competições internacionais, teve duas vitórias importantes contra o finlandês agora e contra um japonês top 20”, avaliou Paulo.

Na sequência, o treinador exaltou os títulos de Carlos Carbinatti e a vitória do brasileiro sobre o top 10 Tahl Leibovitz em Toronto. Comentou, ainda, o recorde de Danielle Rauen no ranking mundial, os triunfos de Jennyfer Parinos e a vitória de Israel Stroh sobre o alemão Jochen Wollmert, ressaltando o equilíbrio e o alto nível da seleção.

“Jennyfer também conseguiu boas vitórias contra a francesa Marie Claire em duas oportunidades, além de conquistar medalhas importantes tanto nas equipes quanto no individual. Carbinatti teve a melhor performance no Parapan, ganhando duas medalhas de ouro e vencendo o estadunidense Lebovitz. Israel conseguiu uma boa vitória contra o atual campeão paralímpico da Classe 7. Danielle, pelo segundo ano consecutivo, foi a atleta que mais somou pontos no ranking mundial, vencendo jogadoras top 7 do mundo das Classes 9 e 10. Foi um ano muito positivo, tanto pelos resultados históricos no Parapan como no Circuito Mundial. É impossível citar somente um ou outro atleta”, disse, orgulhoso.

Para Camargo, tanto sucesso representa a concretização do trabalho de atletas, comissão técnica e multidisciplinar, preparadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas, Confederação e todos os profissionais dedicados às seleções permanentes. Após uma temporada vitoriosa, ele já pensa em uma boa participação nos Jogos Paralímpicos.

“Fico satisfeito por fazer um trabalho digno e com muito respeito. Me envolvi muito nesse processo todo, enfrentei grandes desafios e graças a Deus, à dedicação desses atletas guerreiros e ao comprometimento de toda a equipe e CBTM, vencemos todas as etapas. Agradeço ao presidente Alaor, que confiou em meu trabalho. Agora vamos em busca dos resultados nas Paralimpíadas Rio 2016”, concluiu.

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