Por CBTM
Time colhe os frutos de título inédito em 2014 e vem de excelentes resultados no Campeonato Latino-Americano
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 23/02/2016
Para a equipe feminina da seleção brasileira, a posição final no Mundial por Equipes de Kuala Lumpur, na Malásia, está longe de ser o foco principal. Mesmo determinadas a demonstrar a grande evolução do tênis de mesa verde e amarelo, Lin Gui, Caroline Kumahara, Bruna Takahashi e Ligia Silva querem mesmo é aproveitar a oportunidade histórica.
“Como é a primeira vez que vamos disputar a primeira divisão, estou muito feliz. É uma honra e acredito que todos nós estamos muito animadas para esse desafio”, afirmou Lin, 130ª colocada no ranking mundial.
“Sabemos que vão ser jogos muito difíceis e nossa estreia na primeira divisão. É difícil falar em resultado, mas nossa expectativa é se focar jogo a jogo e buscar uma vitória por vez”, completa Carol Kumahara.
Esta será a primeira vez que o Brasil disputa a primeira divisão feminina do Mundial por Equipes, em feito histórico que começou a ser pavimentado como título da segunda divisão em Tóquio, há dois anos. Aquele título inédito, porém, já não pode passar de uma lembrança feliz.
“É muito bom para mim, que estive em 2014, poder representar o Brasil de novo e estar junto com minhas companheiras. Espero que consigamos trazer o melhor resultado para a seleção”, disse Lin, apontando, sem rodeios, para esta edição.
O voo com destino à Malásia está agendado para esta quarta-feira (24). Nele, estarão juntos os sonhos de duas gerações da modalidade, representadas por Bruna Takahashi (15 anos) e Ligia Silva (34).
“Estou treinando firme para poder fazer bons jogos e dar meu 100% sem me deixar intimidar pelas adversárias. Não vai ser fácil, mas eu vou dar meu máximo”, decretou Bruna, com sua confiança habitual.
Mais experiente, Ligia destaca os fatores fora da mesa como um dos diferenciais da equipe. Ela, Lin e Carol chegaram a uma final inédita nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, 2015. Com o “reforço” de Bruna, foram campeãs por equipes do Latino-Americano, já este ano.
“Sei que hoje formamos um grupo vencedor que não tem vaidade. Eu não me diferencio por ser mais velha, estou ali para crescer junto com elas e isso é o que nos faz um grupo cada vez mais unido”, explicou a amazonense.
Também presente em ambas as campanhas – e bronze individual no Pan -, Caroline Kumahara acredita que a boa sequência em nível continental é capaz de ser o combustível que fará o time se superar nesta edição do Mundial.
“Com certeza todas estão crescendo e os últimos resultados servem para dar mais confiança e motivação por um bom desempenho da equipe. Temos que nos concentrar muito e ao mesmo tempo não nos cobrar demais, dar nosso melhor e ir para cima de todo mundo, mostrar que a gente não vai só para participar”, resumiu.
Lin, primeira brasileira finalista em uma edição de Jogos Pan-Americanos e medalhista de prata em 2015, compartilha do pensamento da companheira de equipe – tudo isso sem menosprezar adversárias como China, Japão e Coreia.
“Sabemos que disputar a primeira divisão é muito difícil, todas as equipes são muito fortes. Mas é um desafio para a gente mostrar que o Brasil está evoluindo cada vez mais e acredito que todos nós estamos muito preparadas para isso”, afirmou.
Com três Jogos Olímpicos no currículo – Sydney (2000), Atenas (2004) e Londres (2012) -, Ligia Silva voltou a destacar o espírito de equipe em prol da seleção como possível diferencial a nosso favor.
“Quando uma ganha, ganham todas, e quando uma perde é a mesma coisa. Um bom ambiente contribui, então tento sim fazer com que todas da equipe se sintam bem. Por mais que possamos ser rivais, como equipe lutamos pela mesma coisa, que é o Brasil”.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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