Por CBTM
Time jogará a segunda divisão na Malásia e tem chances de título, mas encara torneio fortalecido
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 23/02/2016
A equipe masculina da seleção brasileira disputa, a partir de domingo (28), a segunda divisão do Mundial por Equipes, em Kuala Lumpur, na Malásia. Segundo o técnico Jean-René Mounie, apesar do time ter nível para estar na elite, o desafio será grande e seus comandados precisam ter muito foco e regularidade.
“Não espero nada dos adversários, foco somente no nosso jeito de jogar. O Hugo vai precisar ser regular, o que não vai ser fácil nesse nível. Espero que o Tsuboi possa jogar em suas melhores condições e também estou esperando o melhor nível do Thiago e do Cazuo”, afirmou o treinador.
O time faz parte do grupo E, que também é composto por Irã, Bélgica, Holanda, Tailândia e Canadá. Para o francês, mesmo sem as principais potências da modalidade, a competição proporcionará confrontos complicados em todas as fases.
“Acredito que o nível da segunda divisão é bem melhor do que os anos passados. Para confirmar é só ver os países, vários sempre jogaram a primeira, como Hungria, Sérvia e Espanha. Várias outras equipes também são perigosas, como Egito, Índia, Nigéria e Irã”, enumerou.
Como disputou a primeira divisão em 2014 e tem dois jogadores no top 100 (Calderano e Tsuboi), esperava-se que o Brasil estivesse novamente na elite do tênis de mesa mundial na Malásia. Contudo, a entrada dos anfitriões e o ranking mundial por equipes (comparação do ranking individual dos três primeiros colocados de cada país) resultou na disputa do segundo torneio.
“Participar da segunda divisão muda bastante as coisas. Acredito, como muitas pessoas, que temos nível para jogar a primeira divisão. Infelizmente o sistema de classificação da ITTF nos deixou de fora e a própria entidade reconheceu que atualmente não tem muita lógica, tanto que mudou o sistema para o próximo Mundial”, ponderou Jean-René.
Mesmo lamentando, o francês faz questão de ressaltar que a seleção agora precisa focar na mesa e tem condições de ir longe, mesmo diante dos fortes adversários.
“Além disso, acho importante também não fugir da nossa responsabilidade: conhecíamos o sistema e infelizmente não conseguimos. Então agora temos que encarar a responsabilidade de tentar ganhar a segunda divisão, que vai ser uma missão difícil”, declarou.
Como estão no meio da temporada europeia, onde disputam as Ligas Alemã (Calderano e Tsuboi), Polonesa (Cazuo) e Francesa (Thiago), a preparação para o Mundial seguiu o ritmo dos treinamentos cotidianos. Dos quatro componentes da equipe, somente Gustavo é alvo de cautela, pois acaba de se recuperar de uma lesão no cotovelo.
“Tsuboi estava machucado há alguns meses, voltou a treinar em janeiro, mas ainda não sabemos totalmente sua capacidade de propor o melhor nível dele, também por causa da parada. Ele voltou a jogar pela Liga Alemã no último domingo e mesmo perdendo para o Walker, vi várias coisas bem positivas”, elogiou Mounie, sobre a partida contra o britânico Samuel Walker (159º).
Restando cerca de cinco meses para a disputa dos Jogos Olímpicos no Rio, o técnico da seleção destaca o espetacular resultado do Pan é positivo, mas o Mundial servirá principalmente para observar cada desempenho em condições ainda mais difíceis.
“É verdade que conseguimos demonstrar hegemonia no Pan, mas o nível do Mundial é diferente. Vai ser interessante poder avaliar nossa capacidade de sermos regulares e olhar como cada jogador vai conseguir crescer durante o evento. Vamos ter muitos jogos, será importante propor o melhor no momento chave, evoluir a cada dia”, concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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