Por CBTM
Mesatenista nascido na Coreia do Sul sempre se sentiu brasileiro – mas é acima de tudo fascinado pelo tênis de mesa
Matheus Quelhas e José Augusto Assis, de Fortaleza (CE) - 21/5/2016
Quem conversa com Joon Shin (Atemel/Acel Londrina-PR) nem imagina que foi somente em 2016 que ele se tornou oficialmente brasileiro - nascido na Coreia do Sul, ele chegou ao país aos quatro anos de idade. Hoje aos 12 e naturalizado, a única diferença é que se sente cada vez mais apaixonado pelo tênis de mesa.
“Eu nem lembro de nada da Coreia, então para mim não fez muita diferença”, admitiu o jovem, que cresceu em Curutiba (PR).
E de distância Shin entende: em janeiro deste ano, ele deixou a cidade, a família e os amigos para trás rumo a Londrina, quase 400 quilômetros da capital paranaense. Tudo isso em busca de mais regularidade nos treinos da modalidade que começou a praticar bem cedo.
“Foi com sete anos de idade que comecei a jogar. Toda noite o meu pai saía e eu ficava querendo saber aonde ele ia. Então um dia ele disse que ia levar eu e meu irmão e era em um clube de tênis de mesa”, recordou.
Devidamente apresentado à modalidade, ele não quis mais parar. Porém, a inconstância de treinadores no clube Thalia, onde deu suas primeiras raquetadas, desanimou um pouco Joon.
“Eu comecei a treinar mas depois fiquei dois anos só brincando, porque deu muita confusão lá no clube. Ainda passei numa detecção de talentos da CBTM em São Paulo, não sei como (risos), mas parei de treinar de vez logo depois”, contou Shin.
Durante esse processo, mais de dois anos se passaram sem o acompanhamento adequado, mas nunca sem pegar a raquete e brincar do esporte que tanto gostava, na época mais ping pong do que tênis de mesa.
Até que no segundo semestre de 2015, o treinador William Kumagai percebeu o garoto no canto do ginásio onde a lenda Hugo Hoyama ministrava uma clínica, em Londrina.
“O pessoal veio me falar, depois da etapa do Campeonato Paranaense, que ele ia ficar assistindo de fora porque não tinha como pagar. Lógico que eu e Hugo não deixamos e colocamos ele para participar”, disse o técnico.
“Eu sempre via ele nas etapas estaduais e queria dar treino para ele, mas não tinha como acontecer. Mas depois disso eu vi que ele realmente gostava muito de tênis de mesa e decidi trazer ele para Londrina”, completou Kumagai.
Após conversas entre o treinador e os pais de Joon, o ainda coreano chegou em janeiro para morar com William, onde passou cerca de dois meses – e veio motivado pelo intercâmbio do programa Diamantes do Futuro na China, com outros 15 atletas, no mês anterior.
“Lá na China era muito bom, eu sempre quis ir pra lá e quero ir de novo. Não tinha nenhum atleta deles que era fraco, o nível era muito alto. E quando a gente tinha folga, saíamos pra passear”, lembrou Joon, antes de falar sobre o programa em si, onde participa de treinamentos periódicos.
"Acho muito legal participar do Diamantes do Futuro, porque lá podemos enfrentar atletas fortes, conhecer outras pessoas gente. Se caprichar, podemos fazer intercâmbio e isso nos incentiva”, explicou.
No Brasileiro de Inverno, em Fortaleza (CE), Joon Shin está na final da categoria mirim e enfrenta Gustavo Gerstmann (Jundiaí/OSJ-Esportes/UCEG/Xiom/Juc-SP) após superar Henrique Noguti (São Caetano/SEEST/Xiom-SP) por 3 a 2 (8/11, 11/4, 14/12, 8/11 e 11/9), na semifinal. A definição do campeão. sai neste domingo (22).
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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