Copa Latino-Americana: Prazer e pressão de grandes eventos motivam Caroline Kumahara em busca do tetra
Por CBTM
Brasileira de 20 anos é a maior campeã da história da competição, com três títulos
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 31/5/2016
Maior vencedora da história da Copa Latino-Americana, Caroline Kumahara (199ª colocada do ranking mundial) tentará buscar a partir de sexta-feira (3) o seu quarto título, na Guatemala, com a mesma motivação das conquistas anteriores: o prazer e a pressão por disputar eventos de grande importância. Afinal, além da relevância que possui no continente, a competição é classificatória para a Copa do Mundo individual deste ano.
“Não sei se é coincidência, mas tenho jogado bem a maioria das Copas. Não sei dizer exatamente o motivo, mas sinto que é pelo fato de ser um campeonato muito importante. Tenho prazer em jogar esses eventos importantes, gosto da pressão. São fatores que me ajudaram a ir bem nas outras edições”, analisou a mesatenista de 20 anos.
Carol esteve presente em todas as cinco edições da Copa Latino-Americana, conquistando três ouros. Em 2012, quando levou o primeiro título, a brasileira tinha apenas 16 anos. Ela ainda voltou ao topo do pódio em 2014 e 2015 – e faturou um bronze em 2013.
O título do ano passado foi especial para Carol. Meses antes da disputa dos Jogos Pan-Americanos, em que viria a conquistar uma prata por equipes e um bronze individual, a paulista passava por um momento instável na mesa. O ouro na Copa Latino-Americana em Havana, capital de Cuba, foi fundamental para que recuperasse a confiança.
“Eu vinha passando por uns meses difíceis, sentia que não estava melhorando. Nos dois meses anteriores à Copa Latino-Americana, treinei muito, tirei motivação para ganhar confiança e jogar bem. Na semifinal, estava perdendo para a Adriana Díaz, ela estava jogando muito bem. Mas consegui a virada”, contou a brasileira, citando ainda a decisão contra a compatriota Lin Gui.
“A final foi muito marcante para mim. Nunca tinha vencido a Coelha (apelido da Lin Gui) sem perder sets. Nossos jogos são sempre muito disputados. Foi um recomeço pra mim, uma grande motivação para o Pan”, completou.
Para Carol, o formato da competição também favoreceu o seu bom desempenho nas edições passadas. O caminho até o título tem cinco partidas: duas pela fase de grupos e três nas etapas eliminatórias.
“São poucas jogadoras e poucos jogos. Tenho tempo para me preparar, pensar em cada jogo. É um campeonato tranquilo em termos de ritmo de jogo, não é tão cansativo. É mais o lado mental mesmo”, afirmou.
Em busca do terceiro título seguido, a paulista está confiante na preparação que vem fazendo.
“Venho treinando muito, não só para esse torneio e para os Jogos Olímpicos, mas pensando em longo prazo. Venho fazendo algumas mudanças, principalmente do ponto de vista técnico. Estou bem motivada e animada, empolgada com essas mudanças, sentindo mais diferença no jogo do que outras vezes. Quero agora ver como isso vai se dar no jogo, ainda mais em um evento importante”, concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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