Carlos Eduardo Tavares relembra carreira após título especial na Copa Brasil, em Piracicaba
Por CBTM
Foto: Divulgação/FranTT
Atleta foi campeão no mesmo local em que disputou o seu primeiro brasileiro com apenas 11 anos
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 17/6/2016
Carlos Eduardo Tavares, mais conhecido como Cadu, faturou a categoria Veterano 40 na segunda edição da Copa Brasil, em Piracicaba (SP), no último sábado (11). A curiosidade é que ele foi campeão no mesmo ginásio em que disputou a sua primeira competição nacional, o Brasileiro de 1986. Trinta anos depois, Cadu olha para trás e vê a grande história que criou no tênis de mesa.
“Eu queria muito disputar a Copa Brasil, porque, além de ser na minha cidade, foi onde disputei o meu primeiro brasileiro, exatamente no mesmo ginásio. Passou um filme na minha cabeça e foi muito emocionante para mim”, lembrou o atleta que foi campeão mirim no torneio de duplas e por equipes naquela ocasião, além de ter sido bronze no individual.
Cadu, na verdade, não começou a sua vida esportiva diretamente no tênis de mesa, mas sim, na natação. Aos 11 anos, ele treinava o esporte no Clube de Campo (local do Brasileiro de 86 e da segunda etapa da Copa Brasil 2016) e de vez em quando “brincava” de tênis de mesa. Até que um dia, ele decidiu com qual esporte queria seguir.
“Eu fazia natação, mas como o tênis de mesa era do lado ali, eu ficava brincando e olhando os atletas treinarem. Aí comecei a praticar os dois, mas teve um dia que eu quis segui só com o tênis de mesa, porque gostei muito daquilo ”, contou Cadu que, naquela época, chegou a treinar ao lado de Paulo Camargo, atual treinador da seleção paralímpica andante.
Cadu foi mesatenista do Clube de Campo até seus 17 anos. Nesse período, além do Brasileiro de 1986, ele participou de alguns campeonatos para a equipe, além de ter feito parte da seleção paulista de tênis de mesa.
Logo após, o atleta foi para a Bélgica jogar pelo CTT Rouillon, time em que defendeu durante quatro temporadas. E foi lá que ele teve contato com o multicampeão Hugo Hoyama. O campeão pan-americano jogou no Pantheon durante dois anos e, com isso, fez algumas partidas contra Cadu.
“Na Bélgica, jogamos um contra o outro porque éramos de times diferentes, mas sempre estávamos e fazíamos treinamentos juntos, nos tornamos grandes amigos e aprendi muito com ele. Mas admito algo, nunca consegui ganhar dele, ele jogava muito”, contou o campeão do veterano 40 da segunda etapa da Copa Brasil.
Mas os brasileiros não foram somente adversários, Carlos Eduardo e Hugo já jogaram juntos na seleção brasileira. Eles disputaram o Mundial de 1993, na Suécia, a Copa do Mundo de 1994, na França, e a Copa do Mundo de 1995, nos Estados Unidos. Porém, dessas, a mais marcante para Cadu foi a competição em território sueco.
“O Mundial de 1993 foi o momento mais marcante da minha carreira, porque, além de ter sido a primeira, joguei ao lado de ídolos. O Hoyama e Cláudio Kano faziam parte da seleção e isso foi sensacional para mim, pois eles eram as referências que eu tinha no tênis de mesa”, enalteceu.
O atleta seguiu firme no tênis de mesa até 2000, quando foi se dedicar a outros projetos. Ele se formou em administração e pós-graduação em logística e começou a trabalhar nessa área. Porém, o mesatenista nunca parou de jogar de vez.
“Em 2000, surgiu a oportunidade de eu estudar e eu agarrei, mas eu nunca parei de verdade com o tênis de mesa. Todo ano eu disputava um campeonato, seja regional ou estadual. Quem vive a modalidade, nunca para realmente”, disse o administrador.
E não parou mesmo. Em 2015, Cadu ganhou mais uma função no meio: ser treinador de uma escolinha. No seu clube, FranTT-Tibhar/Café Morro Grande/ Selam/ Piracicaba – SP, ele recebeu um convite de comandar as aulas para uma turma com alunos com 7 a 16 anos e outra com mesatenistas de todas as idades.
“No ano passado, eu recebi o convite e aceitei. Eu já tinha feito algo parecido quando eu era jogador de alto nível. Eu gosto de fazer isso”, afirmou.
Na Copa Brasil em Piracicaba, Cadu viu mais um Tavares entrar no mundo do tênis de mesa, seu filho Bruno Tavares. O garoto de 8 anos disputou a categoria pré-mirim e fez o seu pai fazer a função de torcedor.
“Foi um prazer enorme ver o meu filho jogando, o meu coração foi a mil, acompanhei todos os jogos dele. Ele treina comigo, mas não cobro nada dele, porque meu filho está na fase de brincar de tênis de mesa. Mas caso ele queira se tornar um atleta, eu serei um maior apoiador”, contou Cadu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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