Por CBTM
Foto: Christian Martinez/CBTM
Brasileira chegou a liderar a partida por 3 sets a 1, mas adversária usou da experiência para virar e vencer a partida
De Alexandre Araújo, no Rio de Janeiro (RJ) - 6/8/2016
Caroline Kumahara foi muito guerreira e levantou o Riocentro, mas não conseguiu derrotar Ni Xian Lian, de Luxemburgo. Neste sábado (6), nossa atleta deu adeus às disputas individuais da Rio 2016 após perder por 4 sets a 3 (10/12; 16/14; 11/8; 11/9; 8/11; 3/11 e 12/14), em partida para lá de emocionante, com briga ponto a ponto.
O confronto, já no primeiro set, mostrou que seria um teste à torcida brasileira. Apesar de começar perdendo, Caroline Kumhara encontrou forças para reagir e virar o jogo para 3 a 1, após três sets em que foi superior à adversária, fazendo com que o barulho no ginásio fosse quase ensurdecedor. A partir desse momento, porém, a experiente Ni Xian Lian mudou o estilo de jogo e complicou a vida da brasileira, chegando ao empate em 3 a 3.
O sétimo e último set começou com a Carol vencendo, mas, assim como no jogo, Ni Xian Lian conseguiu estabilizar as ações e empatou. O 10 a 10 fez com que o jogo fosse se arrastando, com jogadora alguma conseguindo abrir os dois pontos necessários para garantir o triunfo. Depois de muita luta, a vitória acabou sendo da representante de Luxemburgo. A vontade e a raça de Caroline Kumahara foram reconhecidas pela torcida que, após o jogo, gritou incessantemente o nome dela e pediu fotos e autógrafos.
"(Torcida) Esse é um fator que me deixa bastante triste de perder agora. Gostaria muito de continuar jogando com esse apoio. Está muito legal. Realmente, foi especial jogar em casa e confesso que estou surpresa. Não esperava isso tudo. Estou muito feliz e muito agradecida pelo que eles fizeram. Fizeram a diferença! Além de me darem confiança, também deixaram ela nervosa, apesar de ser uma jogadora experiente. Foram os dois extremos", disse.
Ao analisar a partida contra Ni Xian Lian, Caroline Kumahara admitiu que não soube lidar com a mudança no estilo de jogo da adversária e lembrou a experiência da algoz, que tem 53 anos.
"Acho que comecei bem. Ela voltou no segundo set bem e eu travei um pouco, mas depois comecei a soltar, as bolas começaram a entrar e passei a ganhar confiança. Ela usa um pino, como chamamos, e uma borracha lisa. Uma para ataque e outra para defesa. No começo, meu jogo estava mais na defesa e isso estava me dando tempo. Mas quando ficou 3 a 1 para mim, ela começou a mudar as borrachas e me deixou confusa. Muitas vezes eu nem toquei na bola, me surpreendi com as jogadas. Ela é experiente e soube usar isso a favor. Acho que ela pensou que não tinha mais nada a perder e mudou o jogo. E funcionou muito bem. Tirou minha confiança e ela acabou voltando para o jogo", salientou.
Carol, porém, sai da disputa individual com a cabeça erguida.
"No meu pensamento, minhas projeções dependeriam muito do sorteio. Não conseguia enxergar uma fase exata, ia depender de cada jogo. Quando saiu a chave e eu vi que teria ela pelo caminho, sabia que seria um jogo difícil e, ainda assim, quase ganhei. É triste e é bom ao mesmo tempo. É uma mistura de tudo. Queria passar o máximo de rodadas e jogar bem cada jogo", finalizou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
Siga a CBTM nas redes sociais:
FACEBOOK: www.facebook.com/cbtenisdemesa
TWITTER: www.twitter.com/cbtm_tm
INSTAGRAM: @cbtenisdemesa
iDigo | Assessoria de comunicação CBTM
imprensa@cbtm.org.br