Presidente da CBTM lembra planejamento que rendeu sucesso do tênis de mesa na Rio 2016
Por CBTM
Alaor Azevedo ressalta acompanhamento em intercâmbio e salienta trabalho em torno de Hugo Calderano
Da redação, no Rio de Janeiro - 22/08/2016
Fotos: Christian Martinez e reprodução Instagram
O sucesso de Hugo Calderano nos Jogos Olímpicos Rio 2016 não por um mero acaso. A classificação às oitavas de final, marca, até então, exclusiva de Hugo Hoyama em Atlanta/1996, foi fruto de um planejamento da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), que contou com transferência à Europa e acerto com profissionais de ponta de diversas áreas, visando fazer com que a preparação fosse feita da melhor forma possível e resultados à mesa fossem conquistados. E tudo começou ainda em 2011, quando o menino de apenas 14 anos, ao lado de Caroline Kumahara, Lin Gui e Eric Jouti, foi enviado para um período de treinamentos na França, no INSEP, após um tempo de trabalho no CT São Caetano do Sul. Alguns anos se passaram e a semente plantada lá atrás começou a dar frutos, transformando a Rio 2016 em um marco para a modalidade em termos de resultados e aproximação com o público.
Durante todo esse período, não só Calderano, mas como diversos outros jovens, foram acompanhados de perto pela CBTM, visando justamente que o trabalho e investimentos feitos pudessem trazer retornos esportivos atualmente.
"Isso tudo que está acontecendo faz parte de um planejamento e está dentro de nossas metas. Antes, atletas iam para a Europa e a Confederação não tinha um relacionamento com o clube, com os técnicos, com os preparadores... Nós entendemos que não basta apenas mandar o atleta para o intercâmbio em outros países, ele não pode ficar abandonado. É importante que se haja essa sinergia entre clube e Confederação. Com base nesta nova estratégia, por nós assumida, estamos começando a ter o retorno esperado", disse Alaor Azevedo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa.
No caso de Calderano, o período na França foi apenas o começo da caminhada. E o pontapé inicial, pode-se dizer, que foi especial: foi a primeira vez que um atleta não francês morou no Insep, a casa dos atletas de alto nível de várias modalidades Olímpicas. Além disso, a trajetória foi acompanhada por diversos profissionais, que fizeram daquele menino destaque do tênis de mesa brasileiro uma das grandes novidades do tênis de mesa mundial, resultados de um investimento de cerca de 250 mil euros/ano.
"Fizemos um planejamento estratégico. Contratamos Michel Gadal, que, à época, era diretor-técnico da França e já havia sido técnico de Jean-
Philippe Gatien, campeão mundial aos 23 anos. Utilizamos um caminho parecido. Quando o Calderano tinha 12 anos, identificamos nele um talento. Com 14 anos, morou um tempo em São Caetano do Sul (SP) e, posteriormente, o mandamos para a França. Foi a primeira vez que receberam um atleta estrangeiro morando no centro de treinamento do Insep, com os jogadores franceses. Depois, mudamos para a Alemanha por ser uma liga mais forte e também porque o técnico que o treinava na França, Michel Blondel, mudou-se para o Ochsenhausen (ALE), onde Calderano joga hoje", lembra Alaor, que ressalta também a grande participação de Jean-René, atual técnico da seleção masculina, neste processo:
"Contratamos grandes profissionais, como o psicólogo François Ducasse, que faleceu recentemente e foi lembrado por Hugo após a eliminação, o preparador-físico Mikael Simon e o próprio Jean-René Mounie que, para mim, é um dos melhores técnicos do mundo. Acho que o tênis de mesa brasileiro tem “o antes de Michel Gadal e Jean-René” e “o depois deles”. Houve uma série de mudanças de filosofia, treinamento, além de abrir as portas na Europa".
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa tinha outros objetivos na Rio 2016 que não apenas medalhas e Hugo Calderano se transformou em peça-chave para isso.
"Os resultados foram muito satisfatórios, mas tínhamos o desafio de mostrar que temos potencial e popularizar o esporte. E o Hugo foi muito positivo nisso. Ele fez grandes jogos e, se passasse pelo Mizutani, acho que teria chances claras de medalha. Hoje, ele está sendo reconhecido pelos brasileiros e isso é muito importante. Desde o Hugo Hoyama não tínhamos algo assim, que cativassem o público em geral. Ele veio na hora certa e no lugar certo, aproveitou bem a Rio 2016. Estamos muito felizes", finalizou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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