Por CBTM
Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos também levaram o Brasil às semifinais da Classe 6-10 feminina
Alexandre Araújo, no Rio de Janeiro (RJ) - 14/9/2016
Foto: ITTF
A bandeira do Brasil pode ser hasteada ainda mais três vezes no tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos Rio 2016! Depois da classificação de Welder Knaf e David Freitas, foi a vez de mais duas equipes garantirem vaga na semifinal. Primeiro, o time Classe 1-2, formado por Iranildo Espíndola, Guilherme Costa e Aloisio Lima, bateu a Grã-Bretanha (Rob Davies e Paul Davies) com autoridade nas quartas de final, assegurando o triunfo por 2 jogos a 0. E para fechar o dia em alta, a equipe feminina Classe 6-10, que conta com Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos derrotou a Alemanha, que tem Lena Kramm, Juliane Wolf e Steffi Grebe, também por 2 a 0, lutando, agora, por vaga na final.
Engana-se quem acha que a equipe Classe 1-2 superou apenas o time adversário. Teve de passar por cima também de um outro obstáculo. Logo ao entrar na área de jogo, um pin furou o pneu da cadeira de rodas de Guilherme Costa, que jogou o primeiro set todo com ele avariado. Mesmo após a mudança, entre o primeiro e o segundo set, o brasileiro ainda enfrentou problemas, mas, ao lado de Iranildo, conseguiu vencer por 3 sets a 0 (11/9; 11/5 e 11/8).
"Consegui fazer um bom jogo. Entrando na mesa, meu pneu furou. Corremos para arrumar e, depois que arrumamos, ficou um pouco cheio demais... Tive de jogar dupla desse jeito. Isso tirou um pouco meu foco, mas soube administrar. Agora, é outra caminhada. Vamos pegar a França, que é uma equipe muito forte, mas vamos acreditar e manter essa união, que está fazendo a diferença", disse.
Guilherme voltou à mesa para o individual, onde encarou Rob Davies, medalhista de ouro na Classe 1. Com o apoio da torcida, fechou em 3 sets a 1 (11/9; 7/11; 15/13 e 11/2), garantindo a vaga na briga por medalha. Experiente, Iranildo ressaltou, porém, que não há muito tempo para celebração.
"Estar em uma semifinal do tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos não é algo tão simples. Sabemos o nível em que a competição se encontra e está muito alto. Agora, é pensar exclusivamente na França para tentar chegar à final", afirmou.
Eles voltam à mesa nesta sexta-feira, contra a França, às 14h.
As meninas da Classe 6-10 também passaram à semifinal sem grandes dificuldades. Bruna Alexandre, bronze na Classe 10, e Danielle Rauen, quarto lugar na Classe 9, encararam a dupla Juliane Wolf e Steffi Grebe, conquistando o triunfo por 3 sets a 0 (11/4; 11/5 e 11/6). Depois, Bruna Alexandre enfrentou Juliane Wolf e deixou o time ainda mais perto da conquista de uma medalha, ao vencer por 3 sets a 0 (11/5; 11/6 e 11/9).
Na semifinal, parada dura. A equipe brasileira vai encarar a Polônia de Karolina Pek e Natalia Partyka, que, na fase de grupos, enfrentaram Danielle Rauen e Bruna Alexandre, respectivamente, e venceram.
"Nós conseguimos uma grande vitória, mas, agora, é outro jogo. Totalmente diferente. Elas tem a Partyka e a Pek, que são grandes atletas. As duas são canhotas e será um jogo complicado, mas eu e Danielle temos totais condições de fazer um jogo de igual para igual com elas", garante Bruninha.
O próximo desafio da equipe feminina Classe 6-10, contra a Polônia, acontecerá nesta sexta-feira, às 17h30.
Diego Moreira e Carlos Carbinatti, que formam a equipe da Classe 9-10 masculina, tiveram uma grande apresentação contra a França (Mateo Boheas e Cedrik Cabestany), fazendo a torcida levantar. Porém, acabaram perdendo por 2 a 0. Nas duplas, vitória francesa por 3 a 0 (11/9; 11/5 e 11/7). Já no individual, Carbinatti por pouco não levou o jogo para o quinto set - ele foi derrotado por 3 sets a 1 (11/7; 7/11; 11/7 e 12/10).
"Fizemos tudo dentro do possível e acredito que conseguimos fazer o nosso melhor. Nós, até Londres, tínhamos uma diferença de nível com os grandes jogadores e, no Rio, conseguimos igualar, ao menos em volumes de sets. Ficamos de igual para igual dentro do set para fechar. O balanço é bem positivo e, agora, queremos evoluir ainda mais", aponta Carbinatti.
Na Classe 4-5, Thais Severo, Joyce Oliveira e Catia Silva lutaram bastante, mas foram derrotadas por Ok Kim, Young-A Jung e Oejeong Kang, representantes da Coreia do Sul, por 2 a 0. Thais e Joyce formaram a dupla brasileira contra Young-A Jung e Oejeong Kang, tendo perdido por 3 sets a 0 (11/5; 11/9 e 11/9). Joyce ainda voltou à mesa para encarar Jung e, apesar de ter feito um bom jogo, teve de lidar com as fortes dores nas costas e viu a adversária conseguir um triunfo por 3 sets a 0 (11/5; 11/9 e 12/10).
"Sabíamos que seria um jogo difícil, até pelas adversárias serem Classe 5, mas dei o meu melhor. Estou com muita dor, então, se estivesse 100%, acho que conseguiria ter dado tudo de mim. Mas saio satisfeita e acho que o objetivo foi alcançado. Fizemos bons jogos, mas acontece. Colocar a cabeça no lugar e pensar daqui para frente", salientou Joyce.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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