Brasil, uma potência que começa a despontar no tênis de mesa paralímpico
Por CBTM
No século XXI, ou seja, desde Atenas/2004, foram 62% das medalhas conquistadas por países fora do eixo Europa e Ásia
Da redação, no Rio de Janeiro - 21/09/2016
Foto: Francisco Medeiros/Ministério do Esporte
Foto: Alexandre Urch/CPB/MPIX
O mapa do tênis de mesa paralímpico já começa a ganhar fortes tons de verde e amarelo. Após a Rio 2016, quando a bandeira brasileira foi hasteada por quatro vezes, o país apontou como principal potência fora do eixo Europa e Ásia, continentes já tradicionais na modalidade. Para ser ter uma ideia, no Século XXI, ou seja, desde Atenas/2004, o Brasil levou nada menos que 62% das medalhas conquistadas por países não europeu ou asiáticos. Foram cinco pódios em um total de oito. Exceto o Brasil, apenas Estados Unidos, Egito e Austrália já tiveram seus quadros de medalhas modificados por conta do tênis de mesa neste período.
Nos últimos quatro Jogos Paralímpicos, os brasileiros celebraram duas pratas (uma em Pequim/2008 e uma na Rio/2016) e três bronzes (todos na Rio/2016), os norte-americanos conquistaram um bronze em 2004, os egípcios um bronze em 2012 e os australianos uma prata no Rio. A primeira medalha de nosso país foi a prata na disputa por equipes da Classe 3, em 2008, com Welder Knaf e Luiz Algacir. Já na Rio 2016, no individual, Israel Stroh conquistou a prata na Classe 7 e Bruna Alexandre o bronze na Classe 10. Já na competição por equipes, Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos levaram o bronze da Classe 6-10 e Iranildo Espíndola, Guilherme Costa e Aloisio Lima, o bronze na Classe 1-2.
Vale lembrar que os bons resultados não foram surpresa. A delegação do tênis de mesa chegou aos Jogos no Rio depois de uma campanha histórica no Parapan-Americano de Toronto, ano passado. Na ocasião, foram 31 medalhas – 24 individuais e sete por equipes –, superando a própria marca de 2003, quando subiu ao pódio 27 vezes. Foram 15 de ouro - quatro a mais que as conquistadas em Guadalajara (2011) e no Rio de Janeiro (2007), recordes que também pertenciam à seleção -, 10 pratas e seis bronzes.
"Quando começamos o projeto, o objetivo era a Paralimpíada, mas sabíamos que melhorar a posição no ranking mundial, conquistar bons resultados no circuito mundial e manter
a hegemonia nos Parapan-Americanos seriam pontos muito importantes para o desenvolvimento do tênis de mesa neste tempo. Tivemos grandes resultados neste período e estamos melhorando a cada competição. Esses eventos foram muito importantes para dar a eles a confiança de chegar aqui e ter o resultado que tiveram. Tudo isso é um conjunto de fatores. Temos uma equipe multidisciplinar que trabalhou muito bem e fizemos um planejamento bem elaborado. Com isso, os atletas foram melhorando a cada mês, a cada ano para chegar aqui e conseguir isso tudo", ressalta Paulo Camargo, um dos membros da comissão técnica brasileira.
Após a Rio 2016, o Brasil chegará aos Jogos Paralímpicos de Tóquio com novas expectativas e Paulo sabe que, a partir deste momento, se há um compromisso ainda maior, mas garante que os trabalhos para que os resultados sejam melhores já começaram.
"Agora, a pressão aumenta (risos). Sabemos que não é fácil. Conseguimos três bronzes e uma prata, então, a responsabilidade é maior, mas também coloca o Brasil em outro patamar no cenário mundial do tênis de mesa paralímpico. Isso é muito importante, ganhamos respeito. O passo que demos foi tão grande que estamos em um nível muito à frente dos outros países da América e estamos trabalhando forte para manter e melhorar isso", disse.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentiv
o Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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