Brasileiro de Verão: Após cirurgia e uma semana de preparação, Jennyfer Parinos leva o ouro na Classe 9
Por CBTM
Atleta enfrentou Danielle Rauen na partida decisiva e ressaltou dificuldade de enfrentar uma 'velha conhecida'
Alexandre Araújo e José Augusto Assis, em Chapecó (SC) - 03/11/2016
Foto: Christian Martinez
A medalha de ouro da Classe 9 feminina no Campeonato Brasileiro SAN-EI de Verão foi o resultado da superação! Após ser submetida a um processo cirúrgico para a retirada de pedras nos rins, Jennyfer Parinos (FranTT-Tibhar/Café Morro Grande/Selam/Piracicaba- SP) teve apenas uma semana para se preparar para a competição nacional. Porém, chegou à final, enfrentou Danielle Rauen (FranTT-Tibhar/Café Morro Grande/Selam/Piracicaba- SP) e alcançou o lugar mais alto do pódio ao vencer por 3 sets a 1 (11/8; 4/11; 12/10 e 11/2).
Animada com o título, Jennyfer fez questão de lembrar que o fato de treinar com Danielle fez com que a partida decisiva fosse ainda mais difícil.
"Jogar com a Dani é sempre muito disputado porque a gente treina junta e sabemos como é o jogo uma da outra. Acaba prevalecendo quem está melhor no dia mesmo porque não tem nenhuma estratégia. Essa semana que tive para treinar, trabalhei com bastante intensidade para, ao menos, fazer bons jogos e deu certo. Estou muito feliz", disse.
Outro que esteve nos Jogos Paralímpicos e deixou Chapecó com o ouro no peito foi Diego Moreira (FranTT-Tibhar/Café Morro Grande/Selam/Piracicaba- SP) que, na final da Classe 9 masculina, bateu Erick Higa (AOVC/Kenzen/Itu/AOCV/Juventus - SP) por 3 sets a 0 (11/6; 14/12 e 11/6). O atleta ressaltou a importância do resultado para fechar a temporada brasileira.
"A sensação é de dever cumprido mesmo. É uma competição muito difícil. Aqui no Brasil, a minha classe é muito concorrida. Erick é um excelente adversário, faz parte da seleção também. Estou muito contente! Agora, é dar continuidade ao trabalho e melhorar o rendimento a cada competição. É muito bom fechar o ano com esse ouro. Foi um ciclo. O esporte é dividido por ciclos olímpicos e aqui estamos encerrando um. É um momento de reflexão, mas esse resultado nos mostra que estamos no caminho certo, tendo um trabalho consistente", salientou.
Para Paulo Salmin (FranTT-Tibhar/Café Morro Grande/Selam/Piracicaba- SP), outro que esteve na Rio 2016, o Brasileiro serviu para deixar completamente para trás a atuação na Cidade Maravilhosa, onde não conseguiu ir bem. Para chegar ao lugar mais alto do pódio, Salmin eliminou Israel Stroh (Santa Cecília/ Saldanha da Gama / LSTM - SP), medalhista de prata individual na Classe 7, por 3 sets a 1 (11/7; 11/8; 8/11 e 11/4) na semifinal. Na decisão, bateu Tiziano Zabarino por 3 sets a 0 (11/6; 11/5 e 11/6):
"Foi difícil por tudo que aconteceu, como a lesão, jogos que não consegui impor meu ritmo... Mas atleta de alto nível não pode viver de apenas uma competição. Passei por dias difíceis porque me preparei muito para um torneio e, no evento em si, não consegui desempenhar minha melhor forma, mas temos de erguer a cabeça. Voltei a treinar pensando no Brasileiro. Temos sempre de nos superar. Acaba um campeonato, mas não acaba a carreira e foi nisso que eu foquei".
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