Por CBTM
Atleta não conseguiu se classificar para os Jogos de Londres, em 2012, e afirma que isso o motivou
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) - 28/12/2016
Foto: ITTF
Uma temporada que representou todo o trabalho de quatro anos, transformando frustração em euforia. Em 2016, Cazuo Matsumoto pôde representar o Brasil nos Jogos Olímpicos pela primeira vez na carreira e não esconde que os bons resultados conquistados neste ano começaram a ser construídos em 2012, após não conseguir a classificação para Londres. Ele, porém, não deixou o desânimo bater. Pelo contrário, usou toda aquela energia para que pudesse escrever uma história com final diferente. E conseguiu! Esteve nos Jogos Olímpicos do Rio.
Na caminhada dos últimos 12 meses, outros passos a serem recordados, como quando bateu dois adversários que faziam parte do Top 20 do ranking mundial, o japonês Koki Niwa (18º, à época) e o croata Andrej Gacina (20º, na ocasião), durante o Aberto da Coréia do Sul, em junho.
"Acho que nesse ano de 2016 eu colhi os frutos que eu plantei nesse ciclo olímpico. Desde o último pré-olímpico, que eu não consegui me classificar, eu coloquei na minha cabeça que nesse Jogos eu tinha de ir. Logo no torneio seguinte, o Aberto do Chile, em 2012, foi quando eu entrei no Top 100 do mundo e fui o número 1 do Brasil, na época. Então, fui plantando e, hoje, só estou colhendo. Participei das Olimpíadas, fiz uma grande Liga Polonesa, consegui começar bem esse ano e, tirando o Aberto da Espanha, em 2013 (quando foi campeão), eu consegui uma das melhoras campanhas minhas em Circuitos Mundiais, bati dois atletas Top 20 em um torneio só... Então, esses foram os frutos que colhi", disse.
E o bom 2016 faz com que Cazuo chegue à próxima temporada com boas perspectivas, mas sem euforia, pensando em um obstáculo de cada vez, segundo ele mesmo:
"Entro com uma experiência enorme. Eu tento pensar cada dia, cada jogo por vez e focar no que eu tenho de fazer a cada dia. Antigamente, eu pensava: "Daqui a seis meses, quero fazer isso, quero estar desse jeito...", hoje eu não penso mais assim, porque eu sei que se eu fizer bem o agora, o amanhã vai ser bem melhor".
Para Matsumoto, houve também um ganho geral para o tênis de mesa brasileiro com os Jogos Olímpicos Rio 2016.
"Muita gente acompanhou as Olimpíadas. Em grandes eventos assim, as redes sociais "estouram" de mensagens de apoio, o pessoal está sempre acompanhando e torcendo. E acho que a Rio 2016 repercutiu bastante e o tênis de mesa brasileiro ganhou muito com isso", lembrou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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