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Com planejamento estratégico, CBTM tenta driblar crise financeira que atinge o esporte após a Rio 2016

Por CBTM

02/02/2017 19h54


Instituição perdeu quase a metade dos investimentos federais tanto no olímpico, quanto no paralímpico
 
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) - 02/02/2017
 
Foto: Christian Martinez
 
A crise financeira pela qual o Brasil passa chegou a diversos setores, inclusive, o esporte. Após o sucesso nos Jogos Olímpicos Rio 2016, diversas modalidades viram os investimentos federais diminuírem drásticamente neste começo de 2017, ano em que se inicia um novo ciclo olímpico, visando Tóquio 2020. Dentre algumas das instituições que tiveram cortes nos repasses recebidos, está a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), tanto no olímpico quanto no paralímpico, apesar dos grandes resultados obtidos na última temporada .
 
Em relação ao último ano, a CBTM teve uma perda de 44% nas modalidades paralímpicas e 45% nas olímpicas. Com isso, foram cortadas diversas ações que eram financiadas pela confederação, como profissionais que faziam parte de uma comissão multidisciplinar, o custeio de viagens de atletas para competições internacionais e organização de eventos nacionais.
 
Para se ter uma ideia, na temporada passada, a delegação adulta (masculina e feminina) realizou 17 viagens e, para este ano, estão previstas apenas seis. O que tem ajudado a diminuir os efeitos de tais cortes é o planejamento estratégico da CBTM, desenhado até 2024 e que prevê diversos cenários econômicos, desde o mais pessimista ao mais otimista em relação a investimentos. Ainda assim, a situação financeira está abaixo do que era esperado no pior pano de fundo.
 
Para Alaor Azevedo, houve um erro de avaliação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ao analisar o montante dos cortes para cada confederação.
 
"O COB olha para o passado, e não para o futuro. Tem algumas modalidades que tiveram título mundial há anos ou décadas... Vão viver disso eternamente? Não há um bom senso. Hoje, o tênis de mesa tem um atleta que é uma realidade. O Hugo Calderano está entre os 20 melhores atletas do mundo e tem grandes chances de brigar por medalha em Tóquio. Isso sem contar a ótima temporada que o tênis de mesa brasileiro teve em 2016. Enquanto isso, tem modalidade que não apresenta renovação há anos e o corte foi muito menor que o nosso. Não se tem esse olhar para frente, infelizmente", disse o mandatário.
 
As categorias mais atingidas serão as intermediárias, entre os Diamantes do Futuro (que trabalha com criança entre 7 e 11 anos) e os adultos, um momento crucial para o desenvolvimento técnico dos atletas e, para muitos, de decisão quanto à permanência ou não no esporte.
 
"Em tempos assim, temos de priorizar, infelizmente. Tive de ter um olhar para quem pode dar um retorno de forma mais rápida e mexemos o menos possível na programação do Diamantes, que é a nossa detecção de talentos. Mas nas outras categorias, como Pré-Mirim, Mirim, Infantil e Juvenil, a perda foi enorme", avisou Alaor.
 
Paula Emerenciano, coordenadora dos esportes olímpicos da CBTM, ressalta o trabalho que a diretoria está tendo para fazer com que o tênis de mesa continue a evolução que vem demonstrando.
 
"Vamos ter perdas, não há outro caminho. Mas, diante disso, estamos nos debruçando e nos dedicando para que continuemos seguindo o caminho que estava sendo traçado  neste último ciclo. O ano de 2016 nos mostrou que estamos no caminho certo e queremos manter isso, mesmo que com algumas adaptações", avisou.
 
Coordenador do paralímpico, Victor Lee aponta a importância da atuação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) neste início de novo ciclo, lembrando a boa atuação do tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
 
"Assim como o olímpico, o paralímpico também terá perdas. Porém, como tivemos ótimos resultados nos Jogos Paralímpicos, o tênis de mesa acabou tendo um aumento percentual no investimento vindo pelo CPB para este ano. Além disso, parte da comissão multidisciplinar que deixaremos de contar, por questões financeiras mesmo, será suprida com os profissionais do comitê", salientou Lee.
 
Há, por outro lado, a possibilidade da entrada de recursos do Ministério do Esporte, que foi tão importante no ciclo anterior. O presidente Alaor Azevedo vem mantendo negociações com Luiz Lima, Secretário Nacional de Esporte de Alto Rendimento,  e com Paulo Bicalho, diretor da Secretaria, para conseguir apoio para o esta próxima etapa que se inicia.
 

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.

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