Parapan de Jovens: Dani Rauen celebra bons resultados e elogia nova geração do tênis de mesa paralímpico do país
Por CBTM
Atleta conquistou duas medalhas de ouro na competição, uma no torneio individual e outra por equipes
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) - 28/03/2017
Foto: Leandro Martins/MPIX/CPB
Atleta mais experiente do tênis de mesa a ter participado da edição deste ano do Parapan-Americano de Jovens, que foi realizado na última semana, em São Paulo, Danielle Rauen mostrou acreditar bastante nos atletas mais novos que estão surgindo na modalidade. Ela, que conquistou dois ouros - no individual Classe 9 e por equipes Classe 6-10 -, fez questão de elogiar a determinação e profissionalismo demonstrados pelos companheiros.
Além disso, Dani, bronze por equipes Classe 6-10 na Rio 2016, procurou estar sempre conversando e aconselhando a todos, afinal, ela também já esteve nesta situação. A primeira competição internacional de Rauen foi em 2013, justamente no Parapan de Jovens, evento que aconteceu na Argentina. O pontapé de um trabalho que culminou na convocação para os Jogos Paralímpicos no ano passado.
Essa experiência a mais, porém, teve um outro lado para a atleta, que admite que sentiu uma necessidade maior pelos bons resultados, mas soube lidar e sair vencedora.
"Por ter participado da Rio 2016 e conquistado medalha, houve um pouco mais de pressão (risos). Mas consegui fazer meu jogo e chegar ao pódio. Falei um pouco para eles como que me comportei em 2013 e pedi que aproveitassem ao máximo essa oportunidade, pois podia ser o início de um ciclo rumo a Tóquio para alguns, como acabou sendo para mim em 2013. Eles são o futuro do tênis de mesa paralímpico e são muito habilidosos. Alguns, superaram até mesmo as próprias expectativas. A maneira como eles lidaram com a competição, o profissionalismo que mostraram... Eles têm total potencial para representar o país", disse.
Com 19 anos, esta foi a última participação de Dani no Parapan de Jovens e, segundo ela, teve um gostinho especial. Além dos bons resultados, a mesatenista foi a porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura do evento.
"Participar do Parapan de Jovens sempre é uma emoção muito grande. É uma troca de experiência, assim como acontece em outras competições, mas acho que essa é mais especial porque o Parapan de 2013 foi meu primeiro campeonato internacional e ter participado em São Paulo, ainda conquistado dois ouros, foi muito emocionante. Ser a porta-bandeira foi extraordinário. Eu não imaginava ser! Poder entrar carregando nossa bandeira foi indescritível. É algo que vou levar para a minha carreira esportiva toda e vai me motivar muito daqui para frente", reforçou.
Agora, Dani quer retornar ao treinos para manter os bons resultados nesta preparação para Tóquio/2020.
"Em maio, temos o mundial de equipes, onde estarei ao lado da Bruna Alexandre e Jennyfer (Parinos). Vamos com tudo esse ano para fechar mais uma temporada de maneira sensacional do tênis de mesa. Ainda estamos usando o CT paralímpico, que é um centro sensacional. Vou fazer de tudo para poder fazer bons treinos e chegar bem nesse novo ciclo", concluiu.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.