Copa Brasil: Aos 43 e após 'separação' do tênis de mesa, Marcelo Phaiffer joga nacional pela primeira vez
Por CBTM
Modalidade entrou na vida do então jogador de futebol no processo de recuperação de grave lesão
Alexandre Araújo, em Maringá (PR) - 22/06/2017
Foto: Christian Martinez / RGB Studios / CBTM
“Sou um debutante aos 43 anos”. A afirmativa bem-humorada é de Marcelo Phaiffer, atleta do Jundiaí Clube / UGEG / XIOM / Time Jundiaí - SP, que, em Maringá, viveu uma sensação diferente: pela primeira vez, esteve em uma competição nacional de tênis de mesa. Ele, que compete no Veterano 40 e Rating O, não esconde a satisfação de ter realizado esta estreia.
Para poder jogar na Copa Brasil Sul-Sudeste I, Marcelo encarou uma verdadeira maratona antes de ir à mesa.
“A sensação é a melhor possível! Claro que, para quem trabalha e estuda, tem alguns obstáculos. Por exemplo, peguei 10 horas de ônibus, cheguei, fui ao hotel, tomei café e vim jogar. Logicamente, é fora dos padrões de um atleta, mas, ainda assim, a gente tem maior prazer de jogar. É muito gratificante. Estou muito feliz de estar aqui, de verdade”, disse.
Apesar de ter sido a primeira competição nacional, a relação de Marcelo com o tênis de mesa é antiga e começou de maneira inusitada, ainda na adolescência.
“Eu comecei aos 16 anos e joguei até aos 18, mais ou menos. Eu jogava futebol pela Ponte Preta e até tinha um futuro promissor, era lateral-direito, mas quebrei a tíbia e o perônio e fiquei com muitas dificuldades. Então, na fase posterior ao tratamento... Na própria Ponte tinham umas mesas de tênis de mesa e comecei a treinar, enveredei neste esporte e deixei o futebol um pouco de lado”, lembra .
Por alguns motivos, ele ficou longe do tênis de mesa por alguns anos, mas o reencontro aconteceu e, segundo ele, para uma relação que, agora, vai durar o resto da vida:
“Houve um hiato porque tenho origem humilde, tive de trabalhar, casei e tive filho. Então, (o tênis de mesa) acabou perdendo espaço. Até que, em 2014, estava com um sobrepeso relativamente alto e resolvi procurar em Campinas, onde moro, um lugar para treinar. Voltei a praticar e agora quero manter isso para sempre”.
Marcelo Phaiffer, atualmente, trabalha em uma universidade e faz doutorado na área de gestão e planejamento do ensino superior. Lamentou o fato de, por conta de alguns compromissos profissionais e acadêmicos, não ter comparecido à Copa Brasil Centro-Norte-Nordeste I, em Brasília, em abril.
“Não pude ir por conta de algumas coisas que já estavam em andamento. Sou funcionário público e faço doutorado, então, ficou mais complicado. Mas como tinha banco de horas, me organizei e pude estar aqui em Maringá”, finalizou.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.