Copa Brasil: Paulo Salmin enfrenta maratona de jogos e fica com o ouro na Classe 7
Por CBTM
Atleta, que chegou a Maringá diretamente da Alemanha, atuou também no torneio Absoluto C do olímpico
Alexandre Araújo, em Maringá (PR) - 24/06/2017
Foto: Christian Martinez / RGB Studios / CBTM
Da Alemanha para São Paulo e de São Paulo para Maringá. Na cidade paranaense, 11 partidas consecutivas. Depois desta maratona, Paulo Salmin (Associação Nova Era de Tênis de Mesa - SP) chegou ainda teve fôlego para subir e chegar ao degrau mais alto do pódio para receber o ouro na Classe 7 da Copa Brasil Sul-Sudeste I.
O atleta, que esteve nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, atuou no torneio do Absoluto C do olímpico, onde parou na primeira fase, e também na Classe 7 do paralímpico, torneio em que bateu Gustavo Laskosky (Associação Joinvillense de Tênis de Mesa - SC) na final, por 3 sets a 1 (11/4; 11/8; 11/13 e 11/6).
“Vim da Alemanha (onde jogou o Aberto de Beyreuth). Nem fui para casa. Estou com a mala da Alemanha aqui ainda (risos)”, recordou.
Apesar do desgaste físico, Salmin salientou que a maior dificuldade durante a sequência de jogos foi mais psicológica.
“Temos de adaptar a cabeça, é diferente. Ao mesmo tempo que no olímpico o pessoal se movimenta muito mais, o paralimpico tem uma bola mais devagar, visando a deficiência do adversário. Essa adaptação rápida que foi o principal desafio. Teve que ligar em um torneio e desligar de outro”, disse.
Atuar em dois torneios na mesma competição, porém, não é novidade para ele, mas já tinha um tempo que não passava por tal situação devido à preparação para Rio 2016.
“Durante o ciclo para 2016, o (técnico) Paulo Camargo, que era o responsável pelo planejamento, pedia para a gente dar 100% no Paralímpico para não ter esse tipo de coisa e causar resultados que não queríamos. Mas antes, eu jogava o olímpico também. Gostava até por causa do ritmo de jogo, para jogar com jogadores diferentes”, afirmou.
Paulo Salmin fez ainda questão de elogiar Gustavo Laskosky, que, segundo ele, tem demonstrado evolução:
“Ele está evoluindo, crescendo na modalidade. Foi campeão do Parapan Juvenil. Ele está subindo e exigiu muito do jogo”.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.