Por CBTM
Atleta que escolheu as cores do nosso país para defender durante sua carreira na modalidade se despediu da Seleção Brasileira
FOTO: Lin Gui no Mundial de Budapeste, em abril. Crédito: Abelardo Mendes Jr./Rede do Esporte
Rio de Janeiro (RJ), 12 de junho de 2019.
Por: Assessoria de Comunicação – CBTM
Foi rápido, mas intenso e inesquecível. Nesta semana, a lista de convocação para os Jogos Pan-Americanos de Lima não trazia um nome que parecia certo: Lin Gui, 87ª colocada no ranking mundial de tênis de mesa. Na verdade, era a despedida da atleta da Seleção, que marcou seu nome na história da modalidade no país.
Lin Gui, atualmente com 25 anos, não nasceu em nosso território. Natural de Nanning, na China, já atuava por aqui desde jovem. No início desta década, conseguiu a naturalização e logo foi convocada para os Jogos Olímpicos de Londres.
Foram quase dois ciclos completos, pouco se compararmos a outros diversos craques que já vestiram a nossa camisa. Mas não deixou de ser marcante. Entre títulos sul-americanos, latino-americanos e pan-americanos, um feito chama a atenção: a inédita medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, no único Pan que disputou.
Ela teve a oportunidade de sair até com o ouro, um feito no tênis de mesa feminino do Brasil. Acabou derrotada pela norte-americana Yue Wu, por 4 a 3. Chorou intensamente após a partida, nos ombros do técnico Hugo Hoyama, um de seus principais incentivadores. Mas estava entrando para a história da modalidade no país.
“Cada vitória inédita que conseguimos é uma memória incrível para mim. Sentirei falta de toda a equipe, das pessoas que torceram para nossa Seleção, das pessoas que trabalharam para a gente, desde 14 anos atrás, quando começou minha vida no Brasil”, ressalta a, agora, ex-atleta da Seleção.
Guerreira, sofreu em várias oportunidades, típico de qualquer pessoa que deixa sua terra natal para tentar a sorte em outro país. Até mesmo nas mesas foi incansável. Defendendo as cores do Brasil, penou para superar os efeitos da altitude de Cochabamba, na Bolívia, precisando até de balões de oxigênio durante uma partida, em 2018. Mesmo assim, ainda trouxe uma medalha de prata, perdendo para a colega Bruna Takahashi na decisão.
Problemas físicos a impediam de treinar em alta intensidade há algum tempo. Mesmo assim, disputou o Mundial de Budapeste, classificando-se para a chave principal. Tinha uma meta: se despedir no Pan de Lima. Não conseguiu. Apesar do bom desempenho em alguns torneios internacionais, retornou para a China e pediu para não ser mais convocada, dando força para as companheiras que vão brigar por medalhas no Peru e que poderão seguir brilhando na sequência de suas carreiras.
“Estarei torcendo para a Seleção Brasileira, agora sou uma torcedora. Agora quero descansar um pouco e poder ficar com família. Também vou tentar pós-graduação, talvez uma oportunidade de trabalho. Vamos ver”, diz, sem querer antecipar muito o futuro.
Lin Gui nunca teve sorriso fácil em público, mas estava sempre bem-humorada. Era querida pelas colegas e rapidamente ganhou o apelido de coelha, sendo até mais conhecida de todos desta forma. Na despedida, nada de choro ou lamentações, algo característico de quem tanto fez os brasileiros sorrirem. O momento é de deixar uma mensagem de agradecimento aos torcedores:
“Obrigada por tudo! Se não fosse vocês, não teria a coelha de hoje, todas as vitórias e medalhas são para vocês”.
Nós é que te agradecemos, Coelha!
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