Por CBTM
Mesa-tenistas de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina celebraram medalhas de ouro no primeiro dia de competições
Crédito da Foto: Daniel Zappe.
São Paulo (SP), 11 de dezembro de 2019.
Por: Júnior Martins – Especial para a CBTM
O 53° Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa Interclubes 2019, de 11 a 15 de dezembro, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP), teve um primeiro dia de programação voltada para o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais Olímpicas e Paralímpicas. E os campeões olímpicos foram os primeiros a pôr a bola em jogo, fizeram a primeira rodada de jogos e foram os primeiros a comemorar os bons resultados obtidos durante a competição.
“Sentimento de missão cumprida! Trabalhamos o ano todo para conseguir fazer bons jogos e acho que a equipe inteira apresentou um bom desempenho. Nós jogamos em uma chave com quatro equipes fortes e tivemos uma final bastante difícil. Acho importante representar nosso estado e ainda poder rever os amigos de outras partes do país”, conta o medalhista de ouro pela seleção de São Paulo, no Absoluto B, Leonardo Arata, 29 anos, um empresário do setor de tecnologia.
De acordo com o líder de eventos da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), Edir Oliveira, existem dois formatos de competições por equipe nos eventos organizados pela entidade: seleções estaduais olímpicas e paralímpicas e equipes de clubes olímpicas e paralímpicas. Segundo ele, no caso específico das seleções olímpicas, o campeonato contou com participação de 168 seleções em 24 categorias, masculinas e femininas e do Pré-mirim ao Veterano 7.
“Quando o mesa-tenista começa a se preparar para representar seu estado em uma seleção estadual, geralmente também começa a se destacar em seu clube e a participar do circuito Copa Brasil. E é na Copa Brasil que conseguirá garantir pontos para participar das seletivas para as seleções nacionais. Atualmente, é comum a maior quantidade de premiações por seleções ficarem entre São Paulo e Santa Catarina, mas há estados surpreendendo”, diz o líder, Edir Oliveira.
Um dos campeões por seleções estaduais na categoria Veterano 7, Ednaldo de Souza, mais conhecido como “Didi da Bahia”, de 70 anos, representante do Rio Grande do Sul (RS), acredita que a melhor parte das viagens para competir são as amizades criadas na jornada. Segundo ele, que é professor de tênis de mesa num projeto social, numa creche e no Centro de Treinamento Rafael Rocha, em Itororó (BA), a prática de tênis de mesa faz parte de sua vida desde 1964.
“Acima das medalhas conquistadas, o maior prêmio são os laços de amizade formados durante a prática esportiva. Como tenho facilidade de conversar e converso bastante, geralmente sou dos mais conhecidos do tênis de mesa. E consegui, ao longo desses anos de esporte, cultivar inúmeras amizades com pessoas de vários estados. Moro na Bahia, mas fazem três anos que represento a Sogipa e o Rio Grande do Sul”, comemora o campeão, Ednaldo de Souza.
Segundo o técnico de seleção do estado de Santa Catarina, Vinícius Grunfeldt, lá as seleções são definidas da seguinte forma: os três primeiros mesa-tenistas do ranking de cada categoria classificam-se automaticamente para a seleção catarinense e a quarta vaga é disputada numa seletiva, mas uma seletiva entre os atletas que ocupam do quarto ao décimo lugar do ranking. E, conforme ele, SC disputará em todas as categorias olímpicas e paralímpicas do 53° Brasileiro.
“O esporte é uma grande ferramenta de formação e se torna ainda mais incisivo na fase da infância. Então precisamos trabalhar o talento dessas crianças que já estão competindo e são potenciais atletas, mas também trabalhar com a questão da formação. Ensinar a ter calma, a respeitar o técnico, a respeitar a escalação e a saber lidar com derrotas”, reflete o técnico da seleção estadual de Santa Catarina, Vinícius Grunfeldt, que comemorava ouro no Pré-Mirim Masculino.
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