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CLUBES DO BRASIL – ACTM/Itaim Keiko desafia a distância e os obstáculos para fazer tênis de mesa de qualidade no extremo Norte

Diretor técnico do clube cita as principais dificuldades para implantar a modalidade em Macapá, uma das capitais mais distantes dos grandes centros

Fachada do prédio da ACTM: orgulho dos mesa-tenistas de Macapá

Por Assessoria de Imprensa - CBTM

23/04/2020 10h24


Parece difícil fazer tênis de mesa em Macapá, capital do Amapá, distante 2.410 quilômetros de Brasília, a capital federal. E é. Mas a ACTM/Itaim Keiko encarou o desafio de implantar a modalidade em um local tão distante. Na série Clubes do Brasil, vamos falar um pouco deste clube, que tenta provar a cada dia que o esporte não tem fronteiras ou limites.

Inaugurada em 23 de março de 2011, a Associação Cantumoris de Tênis de Mesa, nasceu da necessidade de oferecer aos atletas e simpatizantes de tênis de mesa, um lugar apropriado para a sua prática. Antes, no Amapá, não existia um clube exclusivo de tênis de mesa. Somente algumas iniciativas informais, utilizando espaços que serviam a outros propósitos, como salões de clubes sociais e casas de alguns atletas simpatizantes do esporte.

O idealizador do projeto, Wilson Nunes de Moraes, ofereceu sua ajuda para a construção do prédio onde hoje se encontra a ACTM/Itaim Keiko, com capacidade para dez mesas oficiais, arquibancada, auditório para 50 lugares, lanchonete, escritório, sanitários para pessoas com necessidades especiais e alojamento para atletas.

O clube é presidido, desde a sua fundação, por Abílio Cesar Dias. Atualmente, conta com 123 atletas cadastrados na Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Segundo o diretor técnico, Marcos Rocha, a modalidade conseguiu, enfim, espaço para se desenvolver:

“Nesses cinco anos de existência, a ACTM promoveu uma grande renovação no tênis de mesa do Amapá. Grandes talentos que despontavam até então tiveram um lugar para evoluir, com o início da escolinha. A massificação do tênis de mesa foi assegurada, fazendo uma grande ponte para que os talentos pudessem surgir, principalmente no feminino”.

Os talentos não demoraram a surgir. Caio Lobato Silva vem colecionando títulos desde os 10 anos de idade: são oito medalhas em Jogos Escolares Brasileiros (quatro ouros, três pratas e um bronze), vice-campeão brasileiro infantil, campeão dos Jogos Universitários Brasileiros em 2015, entre outros. Katisa de Lima conquistou, recentemente, a medalha de prata no Campeonato Brasileiro Universitário. Jorge Mareco, Felipe Monteiro, Daniel Carvalho são outros exemplos de atletas que já tiveram conquistas além das fronteiras do Amapá.

Mas a distância do estado para os principais centros do Brasil é, sem dúvida, a maior dificuldade. “Sempre foi muito difícil, pois para sair do Amapá, só se for de barco ou de avião, o que torna a viagem para os grandes centros muito dispendiosa. O patrocínio das empresas é muito difícil. Existem sim, iniciativas do Governo e da Federação, mas nem sempre são suficientes”, explica Marcos Rocha.

Da melhor forma que pode, a ACTM/Itaim Keiko vai trabalhando para fazer um trabalho cada vez melhor de renovação do tênis de mesa, buscando conhecimento e recursos. Os eventos se tornaram uma nova força e trouxeram ao Amapá intercâmbios internacionais, como, por exemplo, com a Guiana Francesa e Cuba.

Anualmente, em março, o clube realiza um torneio de aniversário, com presença de delegações nacionais e internacionais. Clínicas e training camps tornaram-se frequentes, com nomes consagrados do esporte, como Marcos Yamada, Thiago Monteiro, Pavel Oxamemdi, Jorge Campos, Andy Garcia, Adilson Toledo e Yury Barvaresco. Trimestralmente, as escolinhas realizam competições internas, buscando se preparar para torneios fora do estado.

“Sonhamos sempre estar no lugar mais alto do pódio. Mas, quando isso não e possível, temos a intenção de que cada atleta que passa pela ACTM se forme um cidadão consciente de suas obrigações, para que outros atletas se formem também. O clube permanece seguindo firme na missão que propõe a todos: harmonia entre saúde, esporte e qualidade de vida, além de promover o tênis de mesa”, finaliza o diretor técnico do clube amapaense.




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