Por Assessoria de Imprensa - CBTM
“Minha intenção era só ter um local para treinar. Nada mais”. Assim, despretensiosamente, nascia, pelas mãos do atleta paralímpico Guilherme Ifanger, um dos melhores projetos de tênis de mesa do interior paulista, que vamos conhecer agora, na 17ª reportagem da série Clubes do Brasil: a Associação Desportiva Indaiatubana.
Guilherme Ifanger é um dos principais atletas da classe 9 paralímpica do país. Ele disputou o último Parapan, em Lima, no Peru. Porém, não tinha mais lugar para treinar em 2007 (exatamente no ano do Parapan realizado no Rio de Janeiro), após o encerramento de um projeto em Indaiatuba.
Então, resolveu colocar a mão na massa: “O projeto de Indaiatuba foi idealizado por mim, em meados de 2007. Eu comprei as mesas, montei o local de treinamento particular, e começamos com quatro pessoas”. E era, como ele mesmo diz no início dessa reportagem, apenas um local para treinar.
Hoje, Indaiatuba briga de igual pra igual com grandes potências do interior paulista. “Contamos com aproximadamente 25 a 30 pessoas treinando tênis de mesa em Indaiatuba. Temos um dos melhores lugares para a prática no interior, talvez um dos cinco melhores, e equipes olímpica e paralímpica competitivas”, relata.
Se a equipe paralímpica, comandada por Ifanger, apresenta nomes de ponta no estado, os olímpicos também fazem bonito. Nos últimos quatro anos, foram duas vezes campeões e uma vez vice dos Jogos Regionais. Um trabalho de mais de dez anos bancando mesas, aparadores, redes, bolas e pagando aluguel do salão.
Até que a Prefeitura Municipal resolveu jogar junto. Há dois anos, chegaram mesas novas, frutos dessa parceria, que também montou um novo local de treinamento. As equipes competitivas contam com o apoio do Poder Público para poder participar das competições.
Na última temporada, o foco passou a ser o trabalho com os meninos e meninas das categorias de base. Ifanger acredita que, para continuar tendo apoio, precisa continuar apresentando bons resultados nas mesas. E também terá de aguardar as eleições municipais, para tentar manter a ajuda disponibilizada nesta atual gestão. Enquanto isso, sonha com a possibilidade de fazer crescer ainda mais o projeto que era apenas um local para poder treinar.
“Espero poder melhorar a equipe de menores, isso é o ideal. E poder ter um projeto completo, mantendo as equipes competitivas olímpica e paralímpica”, almeja o atleta e dirigente, com a certeza de que o caminho é difícil, mas os objetivos podem ser alcançados com sucesso.
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