Treinamento da Seleção, após a retomada. Foto: Alê Cabral/CPB.
Por Assessoria de Imprensa - CBTM
Cem dias onde o objetivo era minimizar o prejuízo pela falta de treinos. Desde 13 de julho, a Seleção Brasileira paralímpica de tênis de mesa começou a retomar as atividades no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, cercada de cuidados e protocolos rígidos para proteção dos próprios atletas. Hoje, o momento é de comemorar a evolução depois de tanto tempo parados.
Bruna Alexandre, Danielle Rauen, Israel Stroh e Jennyfer Parinos foram os atletas liberados para treinarem presencialmente. De acordo com o técnico da Seleção paralímpica, Paulo Molitor, no início havia um temor pelo tempo de paralisação. Mas, os cuidados e o planejamento foram feitos de forma que nenhum atleta fosse afetado.
“No começo, estávamos um pouco preocupados, pois os atletas nunca tinham passado um tempo tão grande, de quatro meses, sem tocar na raquete, sem poder sair de casa. Mesmo acompanhados virtualmente, fazendo exercícios físicos e de prevenção, tínhamos a preocupação de como iriam chegar. Reduzimos os nossos exercícios de mesa em 50% e demos mais ênfase para a parte física. Nas primeiras três a quatro semanas, não estávamos tão preocupados com a parte técnica, pois queríamos evitar lesões nessa volta. Foi muito positivo na parte física, não tivemos nenhuma lesão”, lembra o profissional.
Na questão técnica, houve impacto também. Afinal, com tempo de treinamento reduzido e a necessidade de recondicionar fisicamente os mesa-tenistas, certamente os atletas demorariam mais a atingir o patamar técnico anterior.
“Reduzimos o período de treinos. Eles estavam acostumados a treinar em dois períodos, por três dias na semana. E a gente começou a treinar em um período, fazendo tudo, parte física e de mesa. Mas foi altamente positiva a retomada. Atualmente, aumentamos a nossa carga horária, treinando três horas pela manhã, com duas vezes na parte da tarde, em período reduzido. Na parte técnica, estão muito bem. Já estamos um pouco mais avançados, com 70% a 80% dos exercícios que fazíamos antes da pandemia”, detalha Molitor.
Até o final do ano, a tendência é de que os mesa-tenistas que iniciaram os treinamentos em julho estejam próximos do patamar técnico que se encontravam em março, antes do fechamento do CT Paralímpico.
“Ampliamos a nossa parte de mesa. Podemos treinar mais saques, por conta deste segundo período. Esperamos que, até o final do ano, possamos ter de 90% a 95% do planejamento que existia antes da pandemia”, finaliza.
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