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Líder de seleções paralímpicas da CBTM torna-se mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo

Na tese de mestrado, Raphael Moreira demonstrou resultados de estudos sobre as variáveis da estrutura temporal dos jogos de tênis de mesa entre os paralímpicos

Raphael Moreira (em primeiro plano) agora é mestre em Ciências. Foto: Daniel Zappe.

Por Assessoria de Imprensa - CBTM

17/12/2020 09h44


O santista Raphael Moreira, de 26 anos, líder de seleções paralímpicas da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM), agora é mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Nesta quarta-feira (16), ele defendeu a sua tese de mestrado na instituição, analisando as estruturas temporais de jogo nas classes do tênis de mesa paralímpico.

A banca era presidida pelo dr. Ciro Winckler de Oliveira Filho e contava com a presença dos doutores Taisa Belli (Unicamp), João Paulo Botero (Unifesp) e Luiz Gustavo Teixeira (Comitê Paralímpico Brasileiro). O estudo apresentado procurou analisar as variáveis de estrutura temporal de jogo no tênis de mesa paralímpico, pois não havia, na nossa Ciência, nada sobre análise das classes.

“Conhecer estas estruturas temporais, em razão dos diferentes tipos de limitação, serve para prescrição adequada do treinamento e para fornecer subsídios para uma classificação funcional mais embasada. Temos vários estudos que mostram que, no tênis de mesa olímpico, o estilo de jogo, a fase da competição, a evolução do material e do atleta ao longo dos anos e o sexo do mesa-tenista pode alterar a estrutura temporal de jogo. Há estudos, no olímpico, que mostram que os ralis entre as mulheres são mais longos que o dos homens, por exemplo”, explica Moreira.

Entre as variáveis analisadas, estão a duração dos ralis em segundos; a duração do intervalo entre os ralis; o cálculo da duração do esforço e pausa, medindo a intensidade do jogo; a taxa de rebatidas por segundo (outra medida de intensidade); e, o número de rebatidas de cada rali. Foram analisados sete jogos de 21 classes no Mundial Individual de Tênis de Mesa de 2018.

O estudo identificou que os ralis entre os cadeirantes foram maiores. As classes 1 e 2 tiveram os menores valores de duração de rali, número de rebatidas por ralis e taxa de rebatidas por segundos, o que indica que as limitações mais severas dos cadeirantes alteram a estrutura temporal de jogo.

Entre os homens andantes, a classe 11 foi a que teve as maiores durações de ralis. As classes 6, 8 e 11 dos dois naipes tiveram os maiores valores de duração de ralis, enquanto a classe 7 tem os menores valores entre os andantes. Estes dados serão divididos em artigos e publicados em revistas especializadas.

“A estrutura temporal de jogo se altera de acordo com a classe e o sexo. Estes dados servem para que a prescrição do treinamento das classes seja feita de forma correta”, finaliza.



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