Da esquerda para a direita: Vitor Ishiy, Hugo Calderano e Jean-René Mounié, em Ochsenhausen.
Por Nelson Ayres e Lucas Pinto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
A preparação da Seleção Brasileira masculina de tênis de mesa para Tóquio já começou. Serão quatro ciclos em Ochsenhausen, na Alemanha, antes de um período de aclimatação em Hamamatsu, no Japão, já às vésperas dos Jogos Olímpicos. Hugo Calderano e Vitor Ishiy participarão de todo o processo e aguardam Gustavo Tsuboi e Eric Jouti, que se juntam nas próximas semanas. Ao todo, quase 80 dias de preparação com uma comissão técnica multidisciplinar, sparings internacionais e até local ambientado.
Os técnicos Jean-René Mounié e Michel Blondel compõem a equipe neste primeiro momento, acompanhados pelo fisioterapeuta Mikael Simon e pelo psicólogo Makis Chamalidis. Foram definidos quatro períodos de treinamentos: de 7 a 20 de maio; de 24 de maio a 4 de junho; de 7 a 18 de junho; e de 24 de junho até 9 de julho. Em seguida, a partir de 12 de julho, os brasileiros estarão em Hamamatsu, no Japão, para a fase de aclimatação a poucos dias do início dos Jogos Olímpicos.
O centro de treinamento em Ochsenhausen foi totalmente decorado com fotos de grandes vitórias, bandeiras do Brasil e as cores do país. Tanto Calderano quanto Ishiy participam das atividades desde o primeiro dia, enquanto Tsuboi e Jouti chegam para os dois últimos ciclos por questões burocráticas e pela reta final das ligas europeias. Assim acontece também com o técnico da Seleção masculina, Francisco Arado, o Paco, que se juntará à comissão técnica no decorrer da preparação.
Durante os dois primeiros períodos, o foco será no trabalho físico com o fisioterapeuta Mikael Simon. A parte técnica será intensificada gradativamente, segundo o técnico Jean-René Mounié, que destaca a importância desta sequência de treinamentos.
“É realmente excepcional ter 2 meses para preparar os jogos. Até agora, nunca aconteceu. Vamos nos adaptar, não vamos começar com um ritmo frenético desde o início. Os atletas vão ter que encarar como uma sequência importante”, afirma.
Mounié revela que os brasileiros terão a companhia de oito a dez jogadores de várias nacionalidades, como Hungria, Espanha, França, Índia e Polônia, para complementar o treinamento, como sparrings. “Temos um protocolo bem claro com cada atleta para minimizar os riscos o máximo possível. Michel Blondel e eu cuidamos dos conteúdos dos treinos. Quanto mais avançarmos, mais preciso e individualizado será”, explica o treinador.
Com uma comissão técnica composta por profissionais de diferentes perfis, a ideia é preparar os brasileiros em todos os espectros: técnico, físico e mental. “Esse é nosso jeito de trabalhar. O Michel cuida bastante do treino, da evolução técnica dos atletas. Eu tento trazer um valor agregado com a relação entre os treinos e as necessidades da competição. Como transferir esse ‘saber fazer’ nos jogos. São dois conceitos complementares. O Mikael cuida da parte física: saúde e preparação”, completa Mounié.
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