Claudio Massad é um dos quatro atletas que buscam a vaga em Tóquio. Foto: Ale Cabral/CPB.
Por Nelson Ayres e Lucas Pinto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
A Seletiva Paralímpica para os Jogos de Tóquio começa nesta quinta-feira (3). Até sábado (5), quatro atletas disputam uma vaga em suas classes, com uma grande missão: são mais de 200 inscritos na competição, que vai envolver não só capacidade técnica, mas também foco e preparo mental, e apenas o vencedor de cada classe conquistará o objetivo. O evento terá transmissão ao vivo no site oficial do torneio (https://wqt2021.si).
Jennyfer Parinos (classe 9), Ecildo de Oliveira (classe 4), Paulo Henrique Fonseca (classe 7) e Claudio Massad (classe 10) são os atletas que disputam vaga para a Paralimpíada deste ano. Apesar das diferentes histórias, um aspecto será comum no caminho dos quatro: as disputas serão muito acirradas. O técnico Paulo Molitor, que têm monitorado os mesa-tenistas, revelou como estão os ajustes finais para a disputa na cidade eslovena de Lasko.
“Vai ser um torneio altamente difícil para nossos quatro atletas, que estão sonhando e buscando a vaga, a última chance de classificação nas mesas para Tóquio. Principalmente quando a gente pega a listagem geral do torneio. São mais de 200 atletas inscritos em todas as categorias, em torno de 60 ou 70% dos atletas que frequentam o ranking mundial paralímpico”, destaca Molitor.
Para superar essa barreira, Jennyfer chegou quatro dias antes à Eslovênia. Durante a reta final, o diálogo com a comissão técnica tem sido frequente e a ideia é deixá-la o mais confortável e o menos ansiosa possível. “Ela está preparada tecnicamente e fisicamente. Estamos conversando diariamente para entender como está a parte mental, se ela já fez o reconhecimento da mesa, se já foi ao local de treinamento”, conta o técnico da Seleção paralímpica.
A atleta participou de um período intensivo de treinamentos na última semana, no CT Paralímpico, em São Paulo. Como ela pertence ao grupo permanente da Seleção, seu jogo já está alinhado. “Mesmo ela já conhecendo o espaço, estamos em contato direto. São dois jogos pontuais que vão definir sua ida para Tóquio”, completou Molitor.
Com Massad, o acompanhamento é parecido. Enquanto o atleta busca a comissão técnica para saber mais sobre possíveis confrontos, recebe orientações sobre como deve ser sua estratégia de jogo.
“Estou sempre conversando com ele, mesmo não tendo o contato do treinamento diário. Ele sempre me pede informações dos jogadores. O que a gente passa para ele é que seria importante surpreender os adversários com seu jogo, eles não vão estar preparados para este tipo de situação. Seria o ponto crucial”, diz o treinador.
Para Ecildo Lopes, o desafio será ainda maior. “A classe 4 é uma das mais fortes entre os cadeirantes, com mais jogadores de nível técnico alto”, conta Molitor. Preparado tecnicamente, o atleta de 57 anos quer fazer valer sua experiência e chegar ao auge de sua carreira com a vaga paralímpica.
A situação de Paulo Henrique Fonseca também é vista com muito carinho pela comissão técnica. Integrante do projeto Diamantes do Futuro, ele quer chegar a sua primeira Paralimpíada e também terá que controlar a ansiedade. Para isso, conta com apoio constante de Molitor.
“É a primeira competição dele neste nível de importância, já valendo a vaga para Tóquio”, ressalta o técnico Paulo Molitor.
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