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Integrados aos treinos da Seleção feminina, jovens atletas projetam o futuro do tênis de mesa do Brasil

Giulia Takahashi, Laura Watanabe, Diogo Silva e Leonardo Iizuka se juntam a preparação de Bruna Takahashi e Caroline Kumahara no Rio, já de olho nos Jogos de Paris, em 2024

Da esquerda para a direita: Giulia Takahashi, Leonardo Iizuka, Diogo Silva e Laura Watanabe. Foto: André Soares.

Por Nelson Ayres (Fato&Ação), na Arena Carioca 1

24/06/2021 16h35


A preparação da Seleção Brasileira feminina para Tóquio está a todo vapor no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, mas os olhares também estão voltados para os Jogos Pan-Americanos Juniores de 2021, na Colômbia, e os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Além do grupo que vai a Olimpíada deste ano, treinam também quatro jovens que ensaiam o futuro do tênis de mesa para o Brasil: Laura Watanabe, Diogo Silva, Leonardo Iizuka e Giulia Takahashi. A última, já completa a equipe das atletas que vai ao Japão este ano, mas como reserva. A ideia é aproveitar o treinamento de alto nível para contribuir com o crescimento dos mesa-tenistas, pertencentes ao Programa de Desenvolvimento de Talentos da CBTM.

Para o quarteto, esta é a oportunidade de colocar seu jogo à prova com atletas que disputam ligas de alto nível na Europa, como Bruna Takahashi e Caroline Kumahara. O ritmo forte causa um contraste, mas também um sentimento de gratidão. Para eles, a sensação é de que estão vivendo uma chance única.

“Agradeço a oportunidade de estar com a Seleção Feminina, que vai disputar os Jogos Olímpicos. O treino está bem puxado, mas ao mesmo tempo está sendo um ritmo muito bom. Os companheiros estão em um nível muito alto. Quero aproveitar o máximo desse treinamento, porque não é sempre que tem. Usufruir de tudo e aprender sempre”, destaca Diogo Silva. Leonardo Iizuka concorda. “É uma oportunidade bem grande porque a Seleção feminina está aqui. O nível é bem alto. Estou tentando aproveitar ao máximo possível. Nem sempre você tem uma oportunidade dessas, né?”, completa.

Com Giulia Takahashi e Laura Watanabe, a experiência é ainda melhor porque treinam juntas. A dupla se conhece muito bem: cresceram e evoluíram juntas no São Caetano (SP) e nas categorias de base da Seleção. Seu entrosamento, definitivamente, está em dia.

“A gente começou a jogar desde pequenas, sempre fomos eu e ela juntas. Cada passo que a gente dava, uma estava do lado da outra. Eu espero, futuramente, participar de um Mundial, uma Olimpíada do lado da Laura”, projetou Giulia. “Desde que a gente começou, começamos juntas, jogando o primeiro campeonato juntas. Se não tivesse nós duas com essa parceria, não sei se estaria aqui. Uma sempre vai puxando a outra. Isso é muito bom, espero jogar mais campeonatos com ela”, completou Laura.

Também juntas, fazem parte do trabalho de desenvolvimento feito pela CBTM em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil desde 2019. Giulia, inclusive, já esteve em período de treinos fora do Brasil e busca aproveitar cada passo para seu crescimento como atleta.

“Quando eu comecei a jogar lá fora, senti uma grande diferença. As meninas têm um estilo de jogo totalmente diferente do que a gente está acostumada. Com os jogos lá fora, consegui me acostumar bastante. Treinando também, com a ajuda das meninas, dos meus técnicos. Acho que estou preparada e espero ajudá-las bastante”, projetou a atleta, irmã de Bruna, que integra a delegação para os Jogos de Tóquio.

A diferença na intensidade do jogo também é sentida por Laura Watanabe. A atleta valoriza o acompanhamento da CBTM e a oportunidade de estar em contato com a elite do tênis de mesa do Brasil. “Faz bastante diferença porque a maioria dos atletas que a gente está treinando jogam Adulto. A gente consegue se adaptar, ter uma noção de como é o jogo deles. A bola é mais forte, com isso a gente vai evoluindo”, afirma.

“É uma oportunidade única, tenho que aproveitar ao máximo porque nem sempre temos uma oportunidade assim. Estou conseguindo aproveitar bem, os atletas aqui são muito fortes e eu estou conseguindo evoluir bastante”, completa, ao valorizar os treinamentos integrados.

Para Leonardo Iizuka, esse contato com mesa-tenistas mais velhos também funciona como um olhar para o futuro.

“Isso é bastante importante. Muitas vezes eu tento não ficar preso apenas à minha categoria. Já estou pensando futuramente. Se eu quero disputar em um nível mais forte, tento já conhecer como é e tirar proveito. É uma vantagem que eu posso ter, também”, finaliza.

Foco nos Jogos Pan-Americanos Juniores de Cali 2021

Em um curto prazo, o quarteto se prepara também para os Jogos Pan-Americanos Juniores de Cali, na Colômbia, que acontecem de 25 de novembro a 5 de dezembro deste ano. O contato com a Seleção Feminina também prepara os atletas com grande intensidade para que cheguem prontos para a competição de juniores.

“O Pan-Americano eu nunca joguei, vai ser o primeiro que vou disputar. Estou aproveitando também esse ciclo de treinamentos com o pessoal que vai disputar a Olimpíada para fazer uma boa preparação. Para chegar em novembro e fazer uma boa campanha”, destaca Diogo Silva.


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