Da esquerda para a direita: Kenzo Carmo, Gustavo Yokota, Guilherme Teodoro e Carlos Ishida. Foto: André Soares.
Por Assessoria de Imprensa - CBTM
Se na Olimpíada de Tóquio a Seleção Feminina vai precisar de versatilidade para diferentes adversários, o treinamento ideal é com os sparrings. Para isso, a semana de preparação para as atletas, que acontece no Rio de Janeiro desde o último sábado (19), conta com mesa-tenistas de estilos diferentes: Guilherme Teodoro, Kenzo Carmo, Carlos Ishida e Gustavo Yokota oferecem opções ofensivas e defensivas, com canhotos e destros, além de diferentes estilos de empunhadura.
A variação é o segredo do sparring, que se coloca à disposição para ajudar em diversas situações do treinamento: seja simulando adversários, seja experimentando situações de jogo. Nas palavras de Carmo, de 18 anos, “é uma pessoa que ajuda o atleta a crescer, está lá para ajudar e fazer o que os atletas estiverem com dificuldade”. Yokota ajuda na definição.
“O sparring fica à disposição dos atletas principais. Se a Bruna Takahashi ou a Carol Kumahara, por exemplo, precisam fazer algum treino específico, o sparring vai estar lá para fazer o que for preciso. Vai bloquear, fazer jogadas específicas, tudo para ajudar as jogadoras. O sparring é essencial, principalmente antes de competições importantes”, explica o atleta de 23 anos.
Mas para que essa ajuda funcione na medida certa, é preciso ter perfis de atletas diferentes como sparrings, que ofereçam experiências de jogo distintas. Se depender do quarteto, segundo Teodoro, as atletas da Seleção estão bem servidas.
“Acredito que está sendo muito bom o período de treinos para as meninas. A gente tem destros, canhotos, pessoas com pino. Varia bastante. Meu estilo é um pouco mais rápido e ofensivo. Ajuda bastante com essa variação de toque de bola, de qualidade, tudo isso”, destaca, aos 19 anos, o mesa-tenista.
Outro exemplo desta diversidade é Ishida, de 21 anos. Canhoto, o atleta tira as adversárias de treinamento da zona de conforto, uma arma que pode ser importante. “Acredito que deve ter muitas atletas canhotas no topo, assim como no masculino. Meu estilo de jogo pode agregar muito para as meninas por conta disso”, afirma.
O crescimento, no entanto, é bilateral. Gratos pela oportunidade, o quarteto de sparrings vê a preparação também como uma oportunidade de evoluir e enriquecer seu jogo, principalmente neste momento sem muitas competições. “A gente também está aqui para aprender, treinando bastante. A estrutura é fantástica, um lugar muito bom. Conseguimos conversar uns com os outros, tirar os atrasos da pandemia”, conta Kenzo Carmo.
“É uma oportunidade especial, para mim, treinar com a Seleção Feminina que vai para Tóquio. A estrutura está sensacional na Arena Olímpica, o hotel também é muito bom. O treino, em si, está cansativo, está rendendo bastante e sendo muito produtivo para todas as atletas. É um grupo que se conhece desde criança, muitos cresceram juntos, disputando Sul-Americano e Latino-Americano. A gente dá muita risada, conversa muito. É um ajudando o outro”, completa Gustavo Yokota.
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