Notícia

Técnico Hideo Yamamoto ressalta a importância do trabalho com os jovens do Programa de Desenvolvimento da CBTM

Preparação em alto nível para manter o crescimento técnico e a motivação dos mesa-tenistas é feita paralelamente com a Seleção Brasileira feminina

Hideo Yamamoto é um dos técnicos do Programa de Desenvolvimento de Talentos. Foto: André Soares/CBTM.

Por Nelson Ayres e Lucas Pinto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM

06/07/2021 14h20


O saldo das semanas de treinamentos no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e no CT Paralímpico, em São Paulo, não foram positivos somente para a Seleção feminina que vai aos Jogos de Tóquio. O período também serviu para preparar a médio prazo os jovens do Programa de Desenvolvimento de Talentos da CBTM. Alguns deles estarão em Cáli, na Colômbia, para disputar os Jogos Pan-Americanos Sub-21, de 25 de novembro a 5 de dezembro deste ano. Para o técnico Hideo Yamamoto, a atmosfera intensa foi crucial para o desenvolvimento de Laura Watanabe, Diogo Silva, Leonardo Iizuka e Giulia Takahashi.

Apesar da competição na Colômbia aceitar atletas de até 21 anos, o grupo que vai representar o Brasil tem mesa-tenistas bem abaixo da idade-limite. Entre eles, Diogo Silva, de 18 anos; Laura Watanabe, com 17; e, Giulia Takahashi, com apenas 16 anos. Leonardo Iizuka, outro atleta do Programa, mas que não participará do torneio na Colômbia, está com 15 anos. Por isso, ter esse contato com jogadores de alto nível como Bruna Takahashi e Carol Kumahara é um diferencial.

“A parte mais importante é enturmar a equipe, praticar com parceiros diferentes. Mesmo a Giulia e a Laura sendo jogadoras experientes, são jovens. Vamos jogar um Pan-Americano Sub-21, que é muito desafiador para a gente, teremos uma equipe jovem”, explica Hideo Yamamoto. Segundo ele, essa atmosfera de Seleção Brasileira “é muito importante para chegar na Colômbia da melhor forma possível”.

A iniciativa de integrar essa preparação, de acordo com o treinador, faz parte de um processo de médio prazo. “O quanto antes você conseguir preparar e focar para a competição, mais você vai conseguir ter a técnica apurada para melhores resultados”, diz.

Hora H da carreira

Para além do desenvolvimento técnico, Hideo Yamamoto também salienta um benefício importante de competições como os Jogos Pan-Americanos Sub-21: o incentivo a se manter no esporte de alto nível. Ao lembrar de seu tempo como atleta, onde se destacou como talento precoce e venceu inclusive um Prêmio Brasil Olímpico como melhor mesa-tenista na temporada 1999, ele conta o quão decisiva é esta fase na vida do mesa-tenista, quando chega aos 18 anos.

“Esta é a faixa etária em que o pessoal mais tem dúvidas se vai seguir a carreira esportiva ou não. Quando você começa a fazer torneios nestas categorias, prolonga mais o tempo do atleta. Com 18 anos, se ele já vai para uma categoria adulta, o distanciamento de nível é muito grande. Com esses torneios até o sub-21, essa distância começa a diminuir e o jogador tem mais tempo para decidir se vai querer uma carreira esportiva ou não”, explica.

Neste momento de pandemia, manter-se motivado é um desafio ainda maior, com períodos sem competições e alterações nos calendários. O Pan de juniores em Cali, inclusive, já passou por alterações em sua data, antes da definição para o fim deste ano. Para Yamamoto, o segredo é “estar preparado para qualquer situação”, o que pede uma rede de apoio completa: da família, dos clubes e da confederação.

“O fator mais importante é a valorização de todo o contexto. Na hora que o jogador chega no pódio, quando tem ótimos resultados, é um contexto geral que conta, que inclui tudo: desde os treinadores, até os clubes, os pais, a confederação, as viagens. O mais importante é que as coisas estão cada vez mais profissionais. Quando eu era jogador, era mais amador, a gente tinha menos recursos. Agora eles têm um caminho, a gente tem conhecimento e profissionalismo”, destaca Hideo Yamamoto.


 

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