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Com muita confiança, Seleção masculina segue para o Japão em último período de treinos para os Jogos Olímpicos

Equipe vai finalizar a preparação em Hamamatsu; ansiedade começa a chegar para os atletas, que tiveram dois meses de preparação para a Olimpíada

Da esquerda para a direita: Hugo Calderano, Eric Jouti, Gustavo Tsuboi e Vitor Ishiy,no aeroporto de Munique, antes do embarque.

Por Nelson Ayres e Lucas Pinto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM

12/07/2021 09h43


Depois de dois meses de preparação, a Seleção masculina viajou nesta segunda-feira (12) para Hamamatsu, no Japão. Lá, o grupo realiza o último período de treinamentos antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio e vai aproveitar para entrar no clima dos Jogos. A menos de 15 dias para o início da competição, o ambiente da delegação, segundo os próprios integrantes, é de “coragem”, “evolução” e “magia”, em busca do “melhor resultado possível” para o Brasil.

Da Alemanha, seguiram os atletas Eric Jouti, Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano e Vitor Ishiy. O consultor técnico da CBTM e técnico de Calderano, Jean-René Mounié, e o fisioterapeuta Mikael Simon partiram da França. Francisco Arado, o Paco, técnico da Seleção masculina, viajou no domingo, diretamente do Brasil.

Conforme passam os dias, aumenta a ansiedade e a vontade dos atletas de sentir o ambiente olímpico. Para Eric Jouti e Vitor Ishiy, essa vontade é ainda mais especial, já que a dupla terá sua primeira experiência em uma Olimpíada. A chegada a Hamamatsu é o primeiro passo para esse sentimento - é lá que o grupo vai se ambientar com o fuso horário e o clima japonês, a cerca de 250 quilômetros da capital do país.

Por isso, cada etapa, neste momento, é especial. Inclusive com tarefas simples e que fazem parte da rotina dos atletas, como arrumar as malas antes de viajar para competir. Para Ishiy, a raquete é o elemento tratado com maior carinho e que não podia ter ficado de fora, de jeito nenhum, de sua bagagem. Já Eric Jouti, preferiu começar a se preparar mentalmente enquanto se organizava, antes da viagem desta segunda-feira.

“O que não faltou na mala para Tóquio foi uma dose de coragem e ousadia para competir em um torneio tão grandioso como esse”, destacou o atleta.

Para ele, a ansiedade já começou a bater à porta. Antes do embarque, Jouti contou como se sente e o que espera da competição. “Sentimento é de friozinho na barriga por ser a minha primeira Olimpíada adulta, vai ser uma sensação diferente, única. Também estou muito animado por fazer parte desse time e espero que possamos ter um resultado além do esperado”, projetou.

Vitor Ishiy também comemorou o momento da Seleção, apesar das restrições impostas pela pandemia da Covid-19. O atleta lamentou não poder viajar em conjunto com outras delegações do Brasil, mas destacou a importância das últimas semanas de treinamento. “Foi muito bom, senti uma evolução em cada período e é bom terminar me sentindo assim”, disse.

Ambiente mágico

O consultor técnico Jean-René Mounié também ressaltou o que foi construído pela Seleção em cerca de dois meses de treinamentos na Europa, antes da viagem ao Japão. Para ele, o momento é “muito especial” e a delegação carrega uma “representação mental totalmente diferente do que estamos acostumados”.

“Há um tipo de magia. Todos nós gostamos do Brasil e de nossa modalidade, é um momento em que os atletas podem brilhar para representar o país e o tênis de mesa. Meu sentimento é de sair de casa com uma missão bem clara: ajudar o Brasil a obter o melhor resultado possível”, afirmou.

Mounié também disse estar “bem satisfeito” com o trabalho de Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Eric Jouti e Vitor Ishiy. Segundo ele, o grupo é sério e profissional, treinou forte e com qualidade regularmente e contou com o suporte de uma equipe inteira.

A rotina de viagens, com sua experiência, já não é mais algo que assusta. Antes do embarque, o técnico contou que fez questão de colocar alguns livros em sua bagagem para o período de um mês no Japão. “Estou realmente acostumado a viajar”, contou. Ainda assim, o momento mais difícil para o treinador é deixar a família.

“O embarque sempre é um sentimento paradoxal, sinto uma pontada no coração por deixar minha família, meus filhos, mas também uma emoção particular e fantástica que gera muita energia e sonhos ao alcance da raquete”, afirmou Mounié.



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