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De malas prontas, Seleção paralímpica viaja nesta madrugada para período de aclimatação no Japão

Primeiras duas semanas serão em Hamamatsu, antes da viagem para Tóquio; Trajeto prevê 30 horas somente dentro do avião e desafio será entrar no fuso horário local

Equipe paralímpica no último período de treinamentos no CT, em julho. Foto: André Soares.

Por Nelson Ayres e Lucas Pinto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM

04/08/2021 15h55


A Seleção Brasileira de tênis de mesa viaja nesta madrugada para o Japão, onde finaliza sua preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio. A primeira parada é na cidade de Hamamatsu, para um período de treinamentos e aclimatação, já que a diferença de fuso horário em relação ao Brasil promete balançar os primeiros dias dos atletas no Oriente. Para o treinador Paulo Molitor, é hora de pegar leve e focar na parte mental, até que as atividades de alta intensidade sejam reintroduzidas, pouco a pouco.

A chegada ao território japonês marca o início da última fase de preparação da Seleção paralímpica. Até então, os atletas passaram por duas semanas de treinamentos intensivos no CT Paralímpico, em São Paulo. É de lá, inclusive, que os mesa-tenistas partem para o aeroporto, antes de uma longa viagem até o Japão.

Molitor reconhece que o trajeto será cansativo. Na chegada a Hamamatsu, a delegação terá ainda que passar por uma série de protocolos, em razão da pandemia da Covid-19. De acordo com ele, no entanto, os trabalhos já começaram para que isso seja amenizado.

“Nós preparamos os atletas. Claro que é uma viagem altamente cansativa, são 30 horas somente de avião, fora as conexões e tempo de espera. Conversamos e fizemos algumas atividades com eles, a respeito do sono. Fizemos trabalhos também com a psicologia. Trabalhamos mais a parte mental, neste momento, deixando eles à vontade, escolhendo treinos, bem tranquilos. Todos os atletas estiveram concentrados no CT Paralímpico, fizemos atividades bem leves. Justamente para não dar carga pesada para esta viagem tão longa”, explica o técnico.

Pelo lado dos atletas, os preparativos já foram organizados com muito carinho. Para David Freitas, da classe 3 masculina, o item mais importante não será levado na bagagem, mas no celular: são as lembranças de sua família, que ficará na torcida do Brasil.

“Na verdade, não tem nada especial. Vou levar só no coração a família, a cultura. Eu estou com um sitiozinho bem simbólico na minha cidade, de onde vem minha família toda, da Ocara, que eu chamo carinhosamente como Europa do Nordeste. Sempre meu tio me manda uns vídeos de lá, com bastantes frutas que nascem lá. É isso que vou levar aqui, não é nem na bagagem, mas no celular, né? Hoje a tecnologia nos proporciona esses bons momentos”, destaca o atleta.

Já Bruna Alexandre, da classe 10 feminina, terá um item peculiar, além das tradicionais raquetes, borrachas e dos uniformes de jogo. Preocupada com sua condição física, ela já separou uma peça fundamental para o controle de sua alimentação:

“Faz dois anos que me cuido bastante fisicamente. Mudei totalmente, tive um problema com a lactose, então tive que mudar completamente. Até trouxe minha balança, para levar para os Jogos de Tóquio. Já está na mala desde que vim para o CPB”, afirma, descontraída, a atleta.

Delegação com 14 atletas

O Brasil terá uma delegação de peso no tênis de mesa. Ao todo, 14 atletas conquistaram a classificação através de vitórias no Parapan, do ranking mundial, de vitória na Seletiva da Eslovênia ou por convite da Federação Internacional: Bruna Alexandre (classe F10), Carlos Carbinatti (M10), Cátia Oliveira (F2), Danielle Rauen (F9), David Freitas (M3), Israel Stroh (M7), Jennyfer Parinos (F9), Joyce Oliveira (F4), Lethícia Lacerda (F8), Luiz Filipe Manara (M8), Marliane Santos (F3), Millena França (F7), Paulo Salmin (M7) e Welder Knaf (M3).

Além de Paulo Molitor, que será o técnico principal, a delegação é composta pelos técnicos Alexandre Ghizi, Andrews Martins e Celso Toshimi, pela fisioterapeuta Cristina Porto, pelo coordenador técnico Edimilson Pinheiro e por Tainá Campos, atuando como apoio. Quinta melhor equipe do mundo na modalidade, o Brasil conquistou quatro medalhas em 2016, nos Jogos do Rio.

  

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