Millena França treina em Hanmamatsu; ela terá a primeira experiência em Paralimpíadas. Foto: Ale Cabral/CPB.
Por Nelson Ayres e José Augusto Assis (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
Os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 terão a cerimônia de abertura realizada em 24 de agosto. Essa data vai ser especial para todos os 253 atletas brasileiros presentes, mas para Millena terá um gostinho especial: será a sua primeira participação em Paralimpíadas. A mesa-tenista da classe 7 é formada em Educação Física e, agora, está fazendo a segunda graduação em Psicologia. Um trunfo para a jovem, que busca fazer uma longa carreira no esporte paralímpico e trazer conquistas importantes para o Brasil.
Nascida em Aparecida de Goiânia (GO), ela mora hoje na capital de Goiás. O seu primeiro contato com o esporte foi no tênis, mas não o jogado na mesa. Antes, a goiana disputava tênis em cadeira de rodas. Até que teve contato com seu atual esporte aos 18 anos e nunca mais parou de jogar. Da vida acadêmica, Millena tenta colocar o que aprende em aula nos seus jogos.
“O que eu levo da psicologia para a mesa é saber lidar consigo mesma, saber os meus limites, me conhecer e me convencer de que sou capaz de alcançar feitos. Atualmente, estou estudando a parte de análise, e isso tem sido essencial para eu lidar com meus medos e receios”, finalizou.
A goiana, de 25 anos, é a atual 12ª colocada do ranking mundial da classe 7 (sua melhor marca na carreira). E acredita que a participação nos Jogos de Tóquio será a primeira de muitas em Jogos Paralímpicos.
“Eu estou muito feliz por ter conseguido ser convocada para essa primeira Paralimpíada e por ser tão jovem também, porque eu tenho a possibilidade de participar de várias outras edições”, disse.
Ambição por medalhas
Apesar de ser estreante e de não figurar entre as favoritas, Millena quer ser uma surpresa em Tóquio. Pensa grande. Pretende voltar ao Brasil com um peso a mais na mala: a de uma medalha paralímpica.
“Estou treinando forte para jogar da melhor maneira possível. Pretendo conseguir uma medalha em Tóquio. Mesmo que seja a minha primeira Paralimpíada, eu pretendo subir ao pódio”, projetou.
Em meio à Seleção, Millena tem convivido com mesa-tenistas com muita experiência em grandes eventos. Como ela viverá a experiência de participar do maior evento paralímpico pela primeira vez, a mesa-tenista fez questão de pegar algumas dicas com os seus companheiros de equipe.
“Eles me passam como é a sensação quando se está jogando uma Paralimpíada, de como lidar com um evento televisionado e de como tratar o público. Sei que não terá torcida presencialmente, mas terá público virtual. Isso nos ajuda controlar a ansiedade para as disputas”, comentou.
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