Dani Rauen diz estar preparada para enfrentar qualquer adversário. Foto: Ale Cabral/CPB.
Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
A Paralimpíada de Tóquio já está batendo à porta e Dani Rauen já começou a projetar a competição. Atleta da classe 9, a catarinense de 23 anos chega ao Japão muito mais experiente para sua segunda participação nos Jogos. A estreia foi no Rio, em 2016, com sucesso: ela foi medalhista de bronze por equipes, feito que quer conquistar também na edição deste ano, com a cabeça “muito mais no lugar”. E a vida no campo parece ter dado o equilíbrio necessário para a atleta brilhar nas mesas.
Parte de sua preparação, neste período de pandemia, foi realizada longe dos grandes ginásios e centros esportivos do Brasil. Durante o período mais rígido de isolamento e restrições, Dani voltou a morar com seus pais, em um sítio, em Santa Catarina. O saldo, segundo ela, foi de reconexão com sua família, o que contribuiu também com sua evolução mental.
“Meus pais pararam de trabalhar, já eram aposentados. Se mudaram para Mafra, uma cidade do interior catarinense. Quando fui para lá, treinava praticamente todos os dias na cidade. Voltava para o sítio para fazer as outras coisas, os trabalhos físicos e de fisioterapia. Meu irmão treinava comigo. Procurar esse refúgio para mim, na pandemia, foi muito importante. Fez minha cabeça ficar muito mais tranquila, meu coração ficar em paz”, conta Dani.
A medalha não é uma obsessão. Pensar nisso, só a partir da semifinal: "Quero me sentir bem, feliz, e me sentir bem fazendo o que eu gosto, que é jogar tênis de mesa”. Para o torneio de equipes, a meta é a mesma. “Vai estar bem mais difícil que no Rio, em 2016. Há uma nova equipe, a Austrália, que é formada por duas chinesas. A Polônia e a Turquia também estão bem fortes, além de nós. Vamos poder pegar qualquer adversária, né? Vai ser sorteio, então precisamos estar com a cabeça firme se quisermos pegar uma medalha. Para bater de frente e jogar o nosso melhor. Queremos jogar felizes, estamos bem entrosadas”, projeta.
Na bagagem para Tóquio, Dani carregou a experiência do Rio, em 2016, quando chegou ao pódio para o Brasil por equipes e bateu na trave no individual. De lá para cá, a catarinense passou por muitos aprendizados e trabalhou ainda mais sua parte mental. “Estou bem preparada, fiz várias análises de jogo também. Em todos os aspectos, chego para jogar de igual para igual contra qualquer adversária. No Rio 2016, minha medalha no individual escapou por poucos pontos. Mas tirei muitas coisas boas daquele momento, por mais que tenha sido muito doloroso para mim”, relembra a atleta.
Trajetória no esporte
No esporte desde os nove anos, Dani Rauen chegou rapidamente à Seleção, quando começou a levar a sério a profissão de mesa-tenista. O esporte paralímpico entrou na vida dela depois que ela foi diagnosticada, aos quatro anos, com artrite. Seu tratamento era realizado constantemente no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Entre meses de internações, seu tratamento começou com a Dra. Márcia Bandeira, que fez parte do seu crescimento e com quem se trata até hoje. “Tenho toda a gratidão por todas as pessoas de lá, por terem me tratado tão bem”, recorda.
Mas antes do tênis de mesa, sua história começou nas piscinas. Foram três anos de natação, antes de começar a praticar, na escola, o esporte que já lhe rendeu uma medalha paralímpica. Como mesa-tenista, inclusive, ela começou jogando a modalidade olímpica, antes de ser convidada a treinar em Curitiba.
“Pensei que poderia me encaixar para participar do esporte paralímpico também, em paralelo com o esporte olímpico. A partir daí, pude começar a competir. Em 2013, fiz minha primeira competição, em Santos”, conta Dani. A partir de então, ela começou a crescer no tênis de mesa, se mudou para Piracicaba e passou a integrar a Seleção Brasileira.
“Sou muito grata a tudo isso que passei, a artrite me levou a lugares que eu nunca poderia imaginar. Conhecer pessoas, viajar o mundo e fazer o que eu gosto, o que eu amo. E hoje sigo representando meu país”, comemora.
Foi a partir dessa mudança de ares, quando Dani Rauen se mudou para Piracicaba, que o esporte se tornou coisa séria em sua vida. “A chavinha virou, vi que iria representar meu país”, diz. Com as responsabilidades aumentando, ela treinava em dois períodos durante o dia e dedicava a noite aos estudos, já que ainda estava concluindo o terceiro ano do Ensino Médio.
Hoje, aos 23 anos, Dani acredita que ainda tem muito a acrescentar para o tênis de mesa do Brasil. Ao pensar em sua trajetória, a brasileira se vê orgulhosa do que percorreu e do que conquistou - desde seu início na escola, passando pelos Jogos do Rio, até sua segunda participação paralímpica, em Tóquio, neste ano.
“Lembro de tudo que passei para chegar até mais uma Paralimpíada. No Rio, em 2016, já foi fantástico para mim. E estar representando o Brasil em mais uma, fico muito feliz, poder, talvez, ganhar uma medalha no individual e por equipes. Mas primeiro, quero estar bem. O passado sempre vem, tudo vale a pena. Tenho absoluta certeza de que tudo que deixei para trás valeu a pena, faria tudo outra vez”, finaliza Dani Rauen.
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