A mãe do Brayan é a oitava domundo na classe 4. Foto: Ale Cabral/CPB.
Por Nelson Ayres e José Augusto Assis (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
Os atletas da equipe de tênis de mesa terão a torcida de todos os brasileiros na disputa dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, porém Joyce Oliveira terá uma muito especial: a do filho Brayan Mihari, de três anos de idade. Como uma boa mãe coruja, a mesa-tenista da classe 4 só vai pensar em um objetivo do outro lado do mundo: dar orgulho ao filho.
Joyce está indo para a sua terceira Paralimpíada (jogou em Londres 2012 e na Rio 2016), a primeira como mãe do pequeno Brayan. A atleta explica que pensou em parar de jogar tênis de mesa, mas desistiu da ideia por causa do filho.
“Eu ia parar de jogar, eu estava pensando nisso. Depois, eu fiquei grávida e pensei que não deveria parar. Eu quero que o meu filho tenha orgulho de mim, que fale ‘minha mãe é uma atleta’. Tudo o que eu faço é por ele e para ele. Por isso, o tênis de mesa continuou sendo a minha profissão”, admitiu.
Brayan já está cobrando uma visita à mãe no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP). Apesar da pouca idade, o garoto já pede até para treinar com a Seleção Brasileira. Joyce acredita que pode surgir um futuro mesa-tenista no Brasil.
“Ele está doido para que eu o leve ao CT, mas, por causa da pandemia, não dá para levar. Quando ele ia comigo, ele era muito pequeno, chegou a ganhar uma ‘raquetinha’, mas ele ainda não entendia muito bem. Agora, ele já pede para me ver treinar. Eu dei uma camisa da Seleção para ele, aí ele sempre me fala que já tem uniforme e que já pode ir treinar. Acho que ele vai gostar muito de tênis de mesa”, contou.
Meta no Japão
Tirando o período complicado da pandemia, Joyce vive uma boa fase nas mesas. Oitava melhor do mundo na classe 4, a atleta conquistou a vaga para Tóquio ao ser campeã individual da sua classe dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 (ela ainda faturou ouro por equipes na competição). Indo para a sua terceira Paralimpíada, ela contou qual é a sua meta.
“Nas outras duas Paralimpíadas que joguei, eu não saí da fase de grupos, por isso, a minha meta é avançar dessa primeira fase. Lógico que todo atleta sonha com a medalha, mas eu quero, pelo menos, sair do grupo”, disse.
Joyce contou sobre o que espera do nível de competição na classe dela nestes Jogos: “Vai ser difícil, vão estar as melhores, mas, se eu cheguei lá, é porque eu tenho condições. A classe 4 é muito difícil de conseguir um bom resultado, tem três chinesas fortes, mas, como eu estou lá também, é porque eu sou boa, vou dar o meu melhor”.
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