Vibrante, Bruna Alexandre é finalista. Foto: Rogério Capela/CPB.
Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
Bruna Alexandre é finalista da classe 10 dos Jogos Paralímpicos. A mesa-tenista brasileira venceu a taiwanesa Tien Shiau Wen, por 3 a 1 (12/14, 11/6, 12/10 e 11/7), na madrugada deste sábado (28), no Ginásio Metropolitano de Tóquio. Com isso, disputará sua primeira final paralímpica. No Jogos do Rio, em 2016, ela conquistou duas medalhas de bronze, no individual e por equipes.
Em exuberante forma, a catarinense Bruna Alexandre se permite sonhar em vencer a classe dominada há quase 20 anos pela polonesa Natalia Partyka, mas que foi derrotada na semifinal, pela chinesa naturalizada australiana Qian Yang. O jogo decisivo entre Bruna e Qian acontece na segunda-feira, às 6h45.
O primeiro set da semifinal foi equilibradíssimo. Bruna Alexandre chegou a ter um set point, quando vencia por 10 a 9, mas não conseguiu fechar. A partir daí, trocaram pontos, até que Tien Shiau Wen finalmente finalizou, com 14 a 12 no placar.
Na segunda parcial, novamente muito equilíbrio no início, até a metade. Foi quando Bruna Alexandre começou a variar seu efeito, forçando os erros da adversária. Assim, abriu vantagem no placar e conseguiu empatar o confronto.
O terceiro set começou com a atleta taiwanesa abrindo vantagem de 5 a 1 no placar. Bruna Alexandre conseguiu uma reação extraordinária quando perdia por 9 a 5, virando o jogo. A partir daí, com a confiança em alta, a brasileira passou a impor seu ritmo. O quarto set que começou novamente equilibrado, teve a atleta do país com uma atuação taticamente perfeita, garantindo a vitória e o passaporte para sua primeira final paralímpica.
Após o ponto final, Bruna Alexandre vibrou intensamente ao lado da delegação brasileira no Ginásio Metropolitano. Depois de respirar bastante, falou sobre a grande vitória.
“Estou sem palavras! Muito emocionada pela grande vitória de hoje. Era um jogo muito difícil para mim. Consegui sair dos momentos muito difíceis, onde achei que não conseguiria me adaptar a esse estilo de jogo tão rápido. Eu pensava: ‘Consegui fazer esse trabalho durante quatro anos, eu tenho que confiar nesse trabalho. Eu vou lutar, mesmo perdendo’. Foi o que eu fiz e consegui virar o jogo. Eu queria agradecer a toda a equipe. Os técnicos Paulo Molitor, Andrews Martins, Celso Toshimi, Alexandre Ghizi, a nossa fisioterapeuta Cris, a equipe médica do Comitê Paralímpico. Não acabou ainda. Eu quero continuar fazendo história no tênis de mesa brasileiro”, avisou Bruna Alexandre.
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