Invicto nas Américas desde 2016, Calderano é a grande atração em Lima. Foto: Marcelo Alves.
Por Nelson Ayres e José Augusto Assis (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
A Seleção Brasileira de tênis de mesa entra em ação neste sábado (13), com força máxima. Liderada por Hugo Calderano, número 5 do ranking mundial, a equipe disputa o Campeonato Pan-Americano, em Lima, no Peru, tentando manter a hegemonia nas Américas. Gustavo Tsuboi (38º do ranking masculino), Vitor Ishiy (62º), Eric Jouti (92º), Bruna Takahashi (46ª do ranking feminino), Jessica Yamada (143ª) e Caroline Kumahara (145º) completam a equipe que vai representar o país na competição. O evento tem transmissão do canal da ITTF Américas no YouTube (https://www.youtube.com/user/ITTFLatinAmerica) e finais no canal Sportv/Globosat.
No Peru, o Brasil tem diversos cabeças de chave. No torneio individual masculino, Calderano é o principal atleta do torneio. Logo depois, Tsuboi está na segunda posição, seguido por Ishiy. Mas é exatamente Vitor Ishiy que defende o título de atual campeão: no último torneio, em 2019, no Paraguai, ele deu o grande salto de sua carreira, surpreendendo os favoritos e conquistando o primeiro lugar.
Se Ishiy é o atual campeão, Calderano é a maior estrela da competição. Recém-eleito melhor mesa-tenista do país pela oitava vez consecutiva no Prêmio Brasil Olímpico, o quinto melhor atleta do mundo pretende aumentar ainda mais a sua invencibilidade em campeonatos internacionais nas Américas. Somando Copa Pan-Americana, Jogos Pan-Americanos, Pré-Olímpico, Aberto do Brasil, Campeonato Pan-Americano e Copa Latina, o brasileiro não perde desde 2016. Hugo falou sobre como lida com a pressão de ser o favorito
“A pressão continua a mesma. Eu venho para os campeonatos nas Américas como favorito e número 1 há muitos anos, e o fato de eu sempre ter vencido por aqui me traz mais ainda mais confiança e não mais pressão. Eu chego no Pan querendo ganhar o título”, avisa Calderano.
Depois de dois anos sem disputar um torneio na América do Sul, ele volta para a mesma cidade e ginásio (Villa Deportiva Nacional - VIDENA) em que foi campeão dos Jogos Pan-Americanos, em 2019, dando um mortal no momento em que ganhou a medalha de ouro. Hugo comentou sobre voltar para um local especial para ele e sobre como lida com a pressão de ser o favorito.
“É um sentimento muito legal voltar aqui, me traz muitas boas lembranças. Estou me sentindo muito bem de estar voltando para o mesmo ginásio. O mortal para trás foi muito marcante, mas acho que a melhor lembrança foi comemorar com os meus familiares e amigos. Foram momentos marcantes que vivi depois daquele título que ficarão para sempre na minha memória”, contou o brasileiro sobre a nostalgia de voltar a Lima.
Time forte
Nos torneios de equipes, o Brasil é um dos grandes favoritos. Nos dois naipes, a Seleção Brasileira venceu o último duelo realizado nas Américas, o Pré-Olímpico, em outubro de 2019. No Campeonato Pan-Americano daquele ano, disputado um mês antes, os brasileiros venceram no masculino, enquanto as meninas foram vice-campeãs, depois de quatro anos de hegemonia.
No torneio deste ano, os brasileiros são os mais bem ranqueados dentre os homens, e as mulheres entram como cabeças de chave número 4. Será o primeiro desafio delas sem Hugo Hoyama como treinador. Lincon Yasuda, coordenador de seleções e ex-técnico da própria Seleção feminina, será o comandante interino.
No individual feminino, Bruna Takahashi é a quarta mais bem ranqueada e pode ser uma boa aposta. Em 2019, ela ficou com o vice-campeonato e, agora, mais experiente, atuando no tênis de mesa alemão e com bons resultados recentes em competições do Circuito Mundial, promete lutar pelo título. Nas duplas e equipes, o Brasil também se destaca dentre os cabeças de chave. A parceria Ishiy e Bruna é a principal nas mistas, enquanto Ishiy e Jouti formam a segunda melhor dupla na competição masculina.
Desafio antes do Mundial
O torneio, que segue até a próxima sexta-feira (19), vai servir como teste aos brasileiros que estarão no Campeonato Mundial Individual e de Duplas. Com exceção de Jessica Yamada, todos estarão na competição em Houston, entre 23 e 29 deste mês. Calderano, por exemplo, quer chegar nos Estados Unidos em grande forma, mas também vai brigar pelo alto do pódio no Peru.
“Estou colocando na minha cabeça de que eu tenho de chegar no Mundial no meu nível mais alto, no meu auge. É claro que eu chego no Pan querendo ganhar o título como eu sempre chego. Desta vez, não vai ser diferente”, explica Calderano.
Em Lima, os atletas do Brasil poderão encarar adversários que também estarão nos Estados Unidos. No masculino, Marcelo Aguirre (64º), do Paraguai; Horacio Cifuentes (75º), da Argentina, Alberto Mino (80º), do Equador; e Brian Afanador (93º), de Porto Rico, são alguns dos destaques. Já, no feminino, a atenção está voltada para Adriana Diaz (17ª), de Porto Rico; Lily Zhang (35ª), dos Estados Unidos; Mo Zhang (42ª), do Canadá; e Melanie Diaz (69ª), de Porto Rico.
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