Notícia

Participantes do Training Camp Mulheres TMB falam sobre o preconceito e ressaltam importância do evento para inclusão de gênero

Atividade antecedeu ao TMB Platinum – Campeonato Brasileiro e promoveu importantes ações em Joinville visando o público feminino

Participantes do Training Camp no último dia de atividades, em Joinville. Foto: João Gabriel Leite.

Por Nelson Ayres e José Augusto Assis (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM

08/12/2021 14h13


Na última semana, foi realizado o Training Camp Mulheres TMB. O evento aconteceu em Joinville (SC) e antecedeu ao início do TMB Platinum – Campeonato Brasileiro, que ocorre na cidade catarinense. A ação foi uma iniciativa da Universidade do Tênis de Mesa (UniTM) – braço educacional da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) – e tinha o objetivo de fomentar ainda mais a participação feminina na modalidade.

A atividade reuniu diversas mulheres, entre elas, treinadoras, ex-atletas, atletas da Seleção Olímpica e Paralímpica de tênis de mesa, árbitras, pesquisadoras e profissionais do Comitê Olímpico do Brasil (COB), além da nova presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), Petra Sörling (de forma virtual), em uma programação que promoveu desde treinamentos até palestras e workshops.

E parece que a meta principal da ação foi atingida. As participantes do Training Camp elogiaram a iniciativa da UniTM e ressaltaram a importância de atividades como a que foi realizada em Joinville. Além disso, ela foi tão recheada que a motivação de cada inscrita em participar do evento foi diferente uma da outra.

Confira abaixo depoimentos de mulheres das mais diversas idades que participaram da semana de Training Camp. Elas abordaram desde o preconceito sofrido à importância de atividades com a realizada na cidade catarinense. Veja:
 

Taísa Belli, professora doutora, líder da Universidade do Tênis de Mesa e idealizadora do Training Camp:

  • Importância da ação para uma busca de um tênis de mesa mais igualitário

“Eu não diria que foi o pontapé inicial, porque tivemos uma boa campanha no início do ano, chamada ‘Mulheres que Inspiram’, que começou no Dia Internacional da Mulher (8 de março) e terminou no Dia Mundial do Tênis de Mesa (6 de abril), ali demos o pontapé inicial, foi um evento grande. O Training Camp foi um segundo grande momento nesse sentido com o objetivo de aumentar o número de meninas e mulheres no tênis de mesa e não somente pensando em quantidade, mas trazendo temas dentro do Training Camp para melhorar a qualidade, para colocar as pessoas para refletirem sobre como podem ser promovidos ambientes em que as meninas se sintam mais atraídas a permanecerem. Foi o propósito do evento e que a gente conseguiu alcançar ao longo da semana.”

  • Avanços no tênis de mesa para diminuição da desigualdade

“Nós estamos tendo ações políticas aplicadas dentro da UniTM para aumentar o número de treinadoras dentro do nosso sistema. Nós já observamos ao longo do ano que saímos de um percentual de 10% de treinadoras certificadas e, com essas políticas de inclusão que tivemos na universidade, estamos hoje em um patamar entre 25 e 30% de treinadoras. Sabemos, por estudo, que quanto mais treinadoras atuando, maior a chance de aumentarmos o número de atletas também, é como se fosse um efeito cascata”.
 

Letícia Richard de Oliveira, 8 anos

  • Participação no Training Camp

“Eu participei para melhorar o meu tênis de mesa, quero aprender a colocar efeito na bola e dar movimentos rápidos. [...] Eu sinto felicidade por não ter diferença de gêneros aqui. Na maioria das vezes na minha sala (na escola), os meninos ficam brincando entre si, e eu fico com as minhas amigas conversando”.


Josiane Cirico, atleta paralímpica da Classe 11 da Associação Joinvilense de Tênis de Mesa (SC), 38 anos:

  • Preconceito

“A gente tem mais oportunidade hoje em dia em relação ao que a gente já passou. Você já nascer com uma deficiência física já gera um monte de preconceitos no dia a dia. Quando eu tive a oportunidade de conhecer o esporte, eu fui abraçada pela CBTM, me senti abraçada, tenho muito orgulho da atleta que me tornei.

Já passei muito preconceito e discriminação. As pessoas não te olham como uma pessoa normal, elas te tratam como uma pessoa incapaz, acham que você não tem capacidade de ser o que você é. Eu admito que tenho dificuldades, mas consigo sempre superá-las”.

  • Mundo mais igualitário para as próximas gerações

“Perto do que a gente está tendo, as jovens terão um mundo melhor no futuro se elas fizeram a parte delas também e correrem atrás dos seus objetivos, pois nada vem de graça nas nossas mãos, temos sempre de batalhar. Se isso acontecer, elas terão um mundo mil vezes melhor”.

  • Importância de iniciativas como o do Training Camp Mulheres TMB

“É importante para olharmos o mundo de forma diferente, com outra expectativa. Isso nos ajuda a superar nossos obstáculos para alcançarmos os nossos objetivos”.



Juniair Jandira Pereira D’Ávila, atleta da Associação Joinvilense de Tênis de Mesa (SC), 60 anos:

  • Diferença no tratamento com as mulheres no decorrer dos anos

“A diferença é muito grande. Nós sempre fomos discriminadas, todos sabem. E, agora, participando deste evento, que foi divino e maravilhoso, você começa a ver uma luz lá no fim do túnel. Quando você percebe que você pode chegar lá, que podemos ter os mesmos direitos dos homens, a gente vê que este mundo tem solução”.

  • O que pode ser melhorado para diminuir a desigualdade de gênero no tênis de mesa

“Com esta equipe toda do empoderamento feminino, todas estão merecendo que a gente consiga um lugar melhor, acho que por aí já é o caminho para melhorar. As mulheres já estão despertando para essa questão e, se já estão despertando, a gente vai chegar lá. As ações estão sendo feitas, agora é buscar cada vez mais apoio para trazer mais meninas para o esporte e que a gente possa seguir fazendo um belo movimento”.

  • Futuro para as mulheres no tênis de mesa

“Eu só vejo sol lá frente. Para as mulheres que se dedicam, que treinarem e, se tiverem as mesmas oportunidades que os homens, eu vejo um futuro brilhante”.

  • Reflexões sobre o bullyng sofrido por meninas nos treinos

“Durante a palestra, eu me coloquei pensativa. Você imagina as meninas que começam nos treinamentos e sofrem bullyng por serem mulheres, por isso que a gente percebeu na palestra – que foi maravilhosa – o que as meninas sofrem durante os treinamentos entre meninos e meninos, essas atitudes têm de ser mudadas, têm de ser tratados com atenção pelas associações e clubes.

Por que as mulheres estão desistindo antes de alcançarem a maturidade no esporte? As pré-adolescentes e adolescentes acabam desistindo do esporte, essa é uma pergunta que não pode ficar ao vento, ela tem de ser respondida. Isso é um assunto que associações e organizações de esporte têm de levar muito a sério. Toda associação deveria ter uma psicóloga para tratarem a cabeça das pessoas nessa situação”.

 

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