Por CBTM
Por trás de tantas medalhas conquistadas pelos brasileiros nos Jogos Paralímpicos de Pequim estão bem mais que simples premiações. São histórias de pessoas que, na maioria das vezes, deixaram a tristeza e o sofrimento de lado e encontraram no esporte uma maneira de superar limites.
Por conta disso, acabam se transformando em inspiração e motivação para centenas de pessoas inseridas no mesmo contexto. Tomar a iniciativa não é fácil. Depende de um processo de auto-aceitação em relação à sua condição. No entanto, para obter sucesso, o mais importante é dar o primeiro passo e buscar espaços na cidade que dão condições de desenvolver habilidades desportivas.
No Recife, existem algumas opções de associações que oferecem as mais diversas modalidades voltadas para pessoas com deficiência. Quem quer conhecer uma atividade diferente pode optar pelo goalball.
O esporte é um handebol para cegos. A bola tem um guizo para guiar os jogadores em direção ao gol. A equipe da Associação Pernambucana de Cegos (APC) tem um time com 18 pessoas, treina quatro vezes por semana e participa anualmente das competições regionais e nacionais. Para fazer parte do grupo é preciso, apenas, ter até 35 anos e estar disposto a trabalhar o condicionamento físico para evitar problemas de saúde.
Na Associação Desportiva de Deficientes Físicos (ADDF) é possível praticar basquete, atletismo e tênis de mesa. Mas é no basquete para cadeirantes onde a entidade mais investe. São 15 atletas que treinam de segunda a sexta-feira e garantem, inclusive, títulos importantes para o Estado.
O grupo é decacampeão regional e, em 2001, consagrou-se campeão sul-americano na modalidade. A participação também é livre apesar da necessidade de fazer adaptações na cadeira de rodas.
Já na Associação de Apoio à Pessoa Portadora de Deficiência (AAPPD), além de atletismo e tênis de mesa, a pessoa com deficiência pode praticar natação. A entidade existe há um ano e meio e já tem 32 pessoas participantes entre deficientes mentais, visuais ou amputados.
Os interessados devem comparecer no Centro Poliesportivo Santos Dumont,
Outra opção é procurar o Pronide. O programa da Universidade Federal de Pernambuco funciona no departamento de Educação Física do campus e trabalha com iniciação de atletas especiais sem experiência.
São 120 vagas e lá se pode praticar atletismo, futsal, futebol de campo, natação e dança. A parte ruim fica por conta da fila de espera que, hoje, já tem em torno de 200 pessoas. Se houver disposição para esperar, é necessário apenas ter entre quatro e 65 anos.
Serviço
ACP - 3227-2000
ADDF - 3371-1081
AAPPD - 9631-2552
Pronide/UFPE - 9666-6512