Por CBTM
Teve início no último sábado (7) o Bichusp, tradicional torneio de calouros da USP. Ele une todas as unidades da capital para jogos entre os mais novos alunos da Universidade.
A Liga Atlética Acadêmica da USP (Laausp) é a organizadora, junto com as atléticas das unidades, que são responsáveis pelos seus esportistas.
As inscrições para a maioria das modalidades ainda está aberta, e o aluno interessado deve procurar a atlética de sua faculdade.
Os jogos acontecem no Centro de Práticas Esportivas (Cepeusp) da USP (Praça Prof. Rubião Meira, 61, Cidade Universitária, São Paulo), sempre aos sábados, até o dia 28, e podem ser assistidos por toda a comunidade USP.
Para participar das disputas, não é preciso nenhum tipo de profissionalismo, apenas o interesse do calouros no esporte.
Desde atletas de fim de semana até esportistas federados se encontram em um clima de descontração e confraternização.
--- Os cursos da USP não são muito fáceis, por isso a gente quer incentivar os calouros a participarem de outras atividades para relaxar, desestressar --- explica Pedro Din Marcondes Fonseca e Silva, vice-presidente da Atlética da Escola Politécnica da USP (Poli) e membro da Laausp.
--- O Bichusp é o primeiro contato deles com essas atividadas, onde podem vestir as cores da sua faculdade e sentir a vibração, o amor pela sua unidade --- completou.
A cada fim de semana, diferentes modalidades são disputadas.
--- Como nem sempre as atléticas conseguem variados competidores e muita gente se interessa por mais de um esporte, eles não são disputados ao mesmo tempo --- esclarece Din.
As inscrições para cada esporte acontecem sempre na mesma semana dos jogos, até a quarta-feira respectiva.
Os primeiros jogos disputados foram os de tênis de mesa, o atletismo (masculino e feminino), e o xadrez (sem separação por sexo).
Os vencedores foram a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), com o tênis de mesa feminino e o xadrez; a Escola Politécnica (Poli), no tênis de mesa masculino; o Instituto de Matemática e Estatística (IME), com o atletismo masculino; e a Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), no atletismo feminino.
A próxima rodada, com início no dia 14, incluirá futsal, vôlei, natação e a primeira parte da disputa de tênis. No dia 21, acontecem a segunda parte das disputas de tênis, os jogos de handebol e de basquete. No último sábado do mês (28), acontecem as finais do tênis e os jogos de futebol de campo.
Todas as modalidades, com exceção do futebol de campo, contam com participação feminina e masculina. Para garantir que nenhum aluno será prejudicado por atuar em mais de uma modalidade, são intercaladas disputas masculinas e femininas, garantindo tempo aos jogadores para participar de todas as disputas que lhes interessar.
Diversão com compromisso
--- Se a Poli perder todas as modalidades, mas em cada uma delas ganhar cinco atletas, o trabalho foi bem feito --- essa é a conclusão de Din, que acha que mais importante para as atléticas do que ganhar o Bichusp é incentivar os alunos a participarem dos times da sua unidade.
--- Os alunos entram e saem o tempo todo. E não dá pra contratar atletas para os times --- brinca.
Nesse sentido, o evento se torna um local onde os calouros podem tomar gosto pelo esporte. ----- Eu acredito que o Bichusp incentiva os alunos a praticarem um esporte pela sua faculdade. Eu mesmo estou pensando em treinar com a ECA --- diz o aluno de artes cênicas Rafael Rodrigues Ferreira, que competiu no atletismo pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) e pretende disputar também no vôlei.
Mesmo com o espírito mais de confraternização e integração dos calouros, a competição não ficou de lado. Entre os competidores sempre há aquela vontade de ganhar, não apenas de participar. Mas, para Ferreira, isso era completamente normal e aconteceu de forma saudável.
--- O pessoal da organização foi bastante paciente. Eles incentivavam os vencedores, mas também batiam palmas para os que chegavam em último lugar, mas terminavam a prova de atletismo --- relata Ferreira.
Para a Laausp é importante que cada vez mais calouros participem do evento, fazendo com que ele cresça e aumente a sua importância dentro da USP. As atléticas, por sua vez, precisam dessa reciclagem para a formação de times.
Sem novos alunos interessados, a tendência é que essas equipes acabem, já que apenas alunos matriculados podem disputar competições pelas suas faculdades.