Por CBTM
Durante a Detecção Nacional de Talentos, realizada entre os dias 22 e 27 de julho, no Centro de Treinamento Fran TT de Piracicaba (SP), uma das novidades que mais chamou a atenção dos participantes foi a presença de profissionais estrangeiros no evento. O português Ricardo Farias e o francês Michel Gadal foram os responsáveis pelo intercâmbio de conhecimentos na detecção. Juntos, os Consultores Internacionais ministraram o programa Fast Track Coaching Education.
“A Detecção foi muito boa, apesar do baixo numero de participantes. Eu adoro vir ao Brasil porque sempre conseguimos achar bons talentos. Agora, é hora de trabalhar o futuro dos atletas, visando as Olimpíadas e o pós também. Temos que formar esse time de treinadores para que eles possam dar prosseguimento ao trabalho.” Afirmou Michel Gadal.
O francês ainda deu suas impressões sobre o Brasil e o atual momento do tênis de mesa do país.
“Os brasileiros são talentosos por natureza. Sempre vejo em Ipanema, Copacabana, aquele bando de gente jogando futebol, voleibol e uma porção de outros esportes! A última vez em que eu estive aqui, o treinamento ainda era muito leve, com dois dias de trabalho apenas. Agora, a gente encontra crianças de 9, 11 anos treinando 15, 20 horas por semana, o que é excelente.
O Brasil está numa curva ascendente, a CBTM está no caminho certo e o Presidente Alaor está investindo em treinadores de fora do país, fazendo essa importante mescla de conhecimentos. O processo é demorado, leva um tempo. A gente leva dez anos para formar um jogador de alto nível. Os garotos estão muito bem, as meninas vêm atingindo resultados impressionantes. O importante é ir na direção certa e focar nos Jogos Olímpicos. Um bom resultado nas Olimpíadas é essencial para aumentar ainda mais o investimento e a visibilidade no Brasil.”
Sobre o programa Fast Track, Gadal explicou como funcionava.
“Selecionamos entre 4 a 6 técnicos e investimos na preparação deles, aproveitando tudo o que eles sabem do tênis de mesa local. Depois, eles aprendem inglês, fazem uma serie de exames e começam a estudar os conhecimentos referentes aos polos de excelência do tênis de mesa pelo mundo. Você aprende sobre os conhecimentos de outros lugares indo até eles e não apenas lendo livros. É essencial o intercambio de conhecimento para evoluir e progredir.
A formação dos técnicos é muito importante, tendo em vista que o mesatenista, assim que começa sua carreira, caso perca alguma parte durante o processo de aprendizado, não terá como recuperar depois. É o que chamamos de “básica educação para jovens”. Esse processo educacional na hora certa é essencial.”
O Consultor, por fim, elogiou os alunos tupiniquins.
“Os técnicos brasileiros foram mente aberta, motivados, querendo aprender. Foi muito bom.”
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.