Por CBTM
Especialista francês acompanha a seleção durante o período de treinamentos em São Caetano
Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) – 26/6/2015
Durante os sete dias de preparação no centro de treinamento de São Caetano do Sul (SP), a seleção brasileira que irá aos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, começará a fazer os últimos ajustes para a competição. Isto, no entanto, não se dará apenas na mesa: o especialista francês François Ducasse veio ao país para dar apoio aos atletas no lado psicológico e garantir que também cheguem mentalmente prontos ao evento continental.
Há três anos com a seleção, Ducasse possui um longo e vitorioso currículo em termos de preparação psicológica. O francês trabalhou por quase duas décadas com grandes estrelas do tênis, como os ex-líderes do ranking mundial Pete Sampras, Lindsay Davenport e Maria Sharapova. Ele é autor do livro “Cabeça de campeão”, obra considerada uma referência internacional sobre o tema.
Ducasse chegou à seleção por indicação do técnico Jean-René Mounie. Os dois trabalharam juntos por cinco anos na equipe francesa. Após os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Jean-René o convidou para se juntar à equipe multidisciplinar.
“Acredito que ele trouxe boas coisas. Ajudou muito com ferramentas concretas que os jogadores podem usar quando precisam buscar um desempenho especial. Minha prioridade é criar um ambiente de alto nível ao redor dos jogadores, apenas com pessoas que possuam uma cultura de desempenho, e posso afirmar que ele faz parte totalmente desse processo”, explicou Jean-René.
Em geral, Ducasse vem ao Brasil uma vez por ano. Em outras três oportunidades, vai a Ochsenhausen, na Alemanha, onde está baseada a seleção masculina permanente. E ainda faz um acompanhamento remoto constante, por telefone ou Skype, diretamente com os atletas.
Segundo Jean-René, o especialista francês é uma peça fundamental na preparação para o Pan, principal compromisso da seleção na temporada, já que classificará os campeões individuais para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
“O François trabalha junto com o Hugo Hoyama (técnico da seleção feminina) para achar o ‘caminho’ que as meninas devem seguir, o conceito em relação ao Pan. Ele também trabalha com vários atletas individualmente, homens e mulheres, às vezes com a presença do técnico, às vezes cara a cara”, explicou o treinador.
“Ele não cria coisas novas, mas pode ajudar os jogadores a se lembrarem dos pontos fundamentais para administrar o jogo, gerir a capacidade de alcançar um desempenho especial”, completou.
Atletas aprovam experiência
Para os atletas da seleção, o contato com Ducasse tem sido muito importante para o seu desenvolvimento.
"As maiores lições que levo do ano passado foram os encontros com o François, em que aprendi muitas coisas que fizeram muita diferença no meu modo de pensar e agir. Também aprendi a aceitar melhor os momentos ruins e continuar lutando", contou Caroline Kumahara.
Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude do ano passado, em Nanquim, na China, Hugo Calderano também elogiou o trabalho do francês.
“Várias vezes converso com o François. Acho muito bom. Ele entende muito do psicológico no esporte e já passou muitas coisas para nós. Só de ver o que ele fala e como pensa, fica claro que entende muito do assunto. E ajudou muito a seleção”, disse.
A seleção começou na quinta-feira (25) a reta final de preparação para o Pan. A competição será disputada de 10 a 26 de julho – os torneios de tênis de mesa irão de 19 a 25. O Brasil será representado por seis atletas em Toronto: Gustavo Tsuboi (49º colocado do ranking mundial), Hugo Calderano (63º) e Thiago Monteiro (139º), no masculino, e Lin Gui (124ª), Caroline Kumahara (133ª) e Ligia Silva (163ª), no feminino.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) – Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal – Ministério do Esporte.
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