Por CBTM
Edmur Mesquita e Roberto Morand subiram ao pódio em disputas individuais e de duplas; Inspiração em Calderano foi motivação para Mesquita
FOTO: Edmur Mesquita foi vice-campeão nos Estados Unidos. Crédito: ITTF.
Pleasantville (USA), 13 de outubro de 2019.
Por: Assessoria de Imprensa - CBTM
Superar uma doença como o Mal de Parkinson é um desafio para qualquer ser humano, por conta das limitações que ela pode causar. Chegar ao ponto de se destacar entre atletas de todo o mundo que são acometidos por ela torna dois brasileiros ainda mais vencedores. Edmur Mesquita e Roberto Morand foram os dois atletas do país que resolveram encarar o desafio de disputarem o Mundial de Tênis de Mesa para Atletas com Parkinson, neste final de semana, em Pleasantville, nos Estados Unidos. E conquistaram três medalhas.
Edmur Mesquita foi vice-campeão da classe 3. Perdeu a decisão do torneio para o norte-americano Hamid Ezzat-Ahmadi, por 2 a 1 (9/11, 13/11 e 3/11). Roberto Morand foi bronze na classe 2, ao perder a semifinal para outro norte-americano, Ilya Rozenblat, por 2 a 0 (8/11 e 5/11). Nas duplas, eles foram batidos na semifinal, pelos alemães Thorsten Boomhuis e Holger Teppe, por 2 a 0 (5/11 e 5/11).
Vereador em Santos (SP) e atleta do Saldanha da Gama, Edmur Mesquita foi diagnosticado com a doença há seis anos, mas inicialmente não quis colocar a situação publicamente. Ex-fumante, já sofreu dois infartos, mas conseguiu superar todos os problemas de saúde. E um dos grandes aliados contra a doença é justamente o tênis de mesa.
“Há cerca de cinco meses, vi o Hugo Calderano jogar. É um fenômeno. Fiquei muito impressionado. No dia seguinte, procurei o Saldanha da Gama. Pratico tênis de mesa por cerca de duas horas, três vezes por semana. O esporte tem sido muito importante para mim. Tenho consciência de que tenho uma doença degenerativa, grave. Mas que pode ser bem tratada e posso ter qualidade de vida. As pessoas têm uma reação de pena. Na medida que elas compreendem a doença, a imagem muda bastante”, explica Mesquita.
Morand é atleta da Hebraica, no Rio de Janeiro. Engenheiro mecânico, começou a jogar tênis de mesa em 2008, durante o intervalo de um curso que fez na Inglaterra. Cinco anos depois, foi diagnosticado com a doença. E a modalidade passou a ter papel fundamental em sua vida.
“A maioria das habilidades que preciso para praticar o esporte, são também habilidades gradualmente degeneradas pela doença. Pode parecer desanimador, mas vejo isso de forma positiva, pois é uma oportunidade de lutar. Parece que o cérebro, de alguma forma, quando estimulado, consegue metabolizar o que precisamos, reduzindo então o sofrimento dos sintomas”, garante Morand.
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